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Rua do Pinheiro Manso

Esta rubrica dá a conhecer a toponímia portuense, através de interessantes artigos publicados em “O Primeiro de Janeiro”, na década de setenta do século passado. Assina…

Cunha e Freitas (*)

“A tão conhecida Rua do Pinheiro Manso, que começa na Avenida da Boavista e termina na Igreja de Ramalde, tirou o seu nome de um grande pinheiro que existia numa quinta, no início da rua, faceando ainda para aquela avenida.

Informa-nos o nosso bom amigo senhor Bento Azevedo, um dos mais antigos moradores e proprietário nesta artéria, que essa quinta pertencia nos fins do século (XIX), a uma senhora D. Rufina, que a vendeu ao brasileiro Rocha, e este edificou ali o seu palacete em 1902 (demolido em 1971).

Edifício, já demolido, na Rua do Pinheiro Manso
Edifício, já demolido, na Rua do Pinheiro Manso

O pinheiro foi poupado aquando daquelas obras, e continuou crescendo e engrossando, até que o ciclone de 15 de fevereiro de 1941 o derrubou.

Escreve-nos aquele nosso excelente informador que esse pinheiro manso «era um exemplar centenário, de grande porte, e o tronco, ao meio, abria em dois ramos de grosso volume, os quais formavam uma copa em forma de cogumelo, bastante perfeita». Em seu lugar plantou-se um outro, que existe, apesar de muito mal tratado.

O célebre Pinheiro Manso depois de derrubado por ciclone
O célebre Pinheiro Manso depois de derrubado por ciclone

A mais antiga referência a esta rua que temos, sempre por informação de Bento Azevedo, é de 1589, ano em que uma família de apelido Cabaças fundou em casa sua um estabelecimento de mercearia que também perdura e faz esquina para a Rua do Dr. Pedro de Sousa.

Mas, em 1884, ainda eram poucas as casas por ali existentes. Não podemos, infelizmente, trasladar para aqui todas as informações recebidas, com a história de como a rua se foi povoando até hoje.

Diremos apenas que o mais notável edifício é o Asilo dos Velhinhos do Pinheiro Manso, construído em terreno que pertencia a um inglês de apelido Wright, na última década do século XIX, inaugurando-se em 1900.. E fiquemos por aqui”.

(*) Artigo publicado em “O Primeiro de Janeiro”, na rubrica “Toponímia Portuense”, de 26jun1973.

Na próxima edição de “RUAS” DO PORTO destaque para a RUA DO PINHEIRO

Foto: pesquisa Google

01jul18

 

 

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