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Frases irritantes

Joaquim Castro

Os disparates descarregados sobre a Língua Portuguesa estão a ganhar terreno, de forma preocupante. Antigamente, era um erro aqui, um erro ali. Mas agora, até parece que os falantes da língua de Camões, estão a competir no campeonato de quem mais maltrata a nossa língua. E é um martírio, para quem se preocupa com o rigor da escrita. É uma irritação permanente, para as pessoas que gostam de português. Há as palavras irritantes e as frases irritantes.

Daí, ter dado o título de frases irritantes, a este capítulo de Pontapés na Gramática. A minha colecção, a esse respeito, é enorme, tirada dos jornais, das rádios, das televisões, da Assembleia da República! Algumas delas, mostram a incapacidade dos nossos políticos, no uso da língua portuguesa. Uma das fontes de inspiração é o próprio primeiro-ministro. Por exemplo, acho estranho que António Costa insista em pronunciar “precaridade”, em vez de “precariedade”.

-Em vez de “precaridade” deverá dizer-se (e escrever-se) “precariedade“, pois esta palavra pertence à mesma família do adjectivo precário. Há outras palavras com esta terminação, a respeito das quais se pode estabelecer a mesma relação, como, por exemplo, contrariedade e contrário, arbitrariedade e arbitrário, impropriedade e impróprio, notoriedade e notório, obrigatoriedade e obrigatório, sobriedade e sóbrio, variedade e vário, solidariedade e solidário…

(Fonte: Ciberdúvidas da Língua Portuguesa)

Pedrógão

-Entre as palavras e as frases irritantes, que me irritam, colecionei para este capítulo, as seguintes, colocando entre parêntesis, as formas correctas:

“No dia di hoje” (no dia de hoje); Protecção Cevil (Protecção Civil); encarregue (encarregado); dizer que (digo que); dezassete e horas (dezassete horas): Lesboa (Lisboa); séniores (seniores); rúbrica (rubrica); quais é que são (quais são); é um dos que esteve lá (é um dos que estiveram lá); soudade (saudade); agressões nos ombros e costas (agressões nos ombros e nas costas); começa dia 10 (começa no dia 10); duzentas gramas (duzentos gramas); Pedrogão (Pedrógão)

-A propósito de “Pedrogão”, fiquei estupefacto, ao ver duas placas, na autoestrada, com esta grafia, em vez de Pedrógão. Mas as placas existentes nas estradas do nosso país estão cheias de disparates linguísticos. O pior, é que ninguém fiscaliza, ninguém vê, ninguém corrige. Veja a foto da placa, que me surpreendeu, há dias, à passagem por Pedrógão.

Nota: Por vezes, o autor também erra!

Obs: Por vontade do autor e, de acordo com o ponto 5 do Estatuto Editorial do “Etc eTal jornal”, o texto inserto nesta rubrica foi escrito de acordo com a antiga ortografia portuguesa.

01out18

 

 

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