José Gonçalves (*)
O “Etc e Tal jornal” comemora este mês de janeiro de 2019, mais concretamente no dia 21, o seu 9.º ano de existência.
Seria, por certo, fastidioso para quem nos segue há tanto tempo, ou para aqueles que fazem parte da nossa “família”, relembrar, ao detalhe, toda esta caminhada.
O que é certo, é que conseguimos cá chegar; e chegamos, hoje, com um novo visual; com modernas funcionalidades, de mais fácil consulta para quem nos lê, tudo obra de um jovem, que dá pelo nome de Pedro N. Silva e que há quatro anos, aos seus 16, abraçou este projeto, e que é, no fundo, a imagem desta equipa de gente valorosa, voluntariosa, responsável, inteligente, honesta, simpática… profissional.
O “Etc e Tal jornal” sempre olhou para o futuro com cautelas, referindo sempre estar numa “maratona sem meta”. Não é fácil este trajeto, mas conseguimos atingir mais uma etapa. Quem pensava, e nos bastidores proclamava, que este projeto estava condenado à morte, não me conhecia muito bem.
Em nove anos não fomos chamados à atenção fosse pelo que fosse perante a Justiça ou qualquer outra entidade; ganhamos credibilidade de dia para dia; somos respeitados (porque sabemos respeitar) em todo o lado. Em nove anos consolidamos o projeto e aumentamos o número de leitores e seguidores. Em quase uma década produzimos um jornalismo que, além de responsável e sério, continua a ser independente, democrático e meritocrático… aberto a muitos dos que não têm voz; daqueles que trabalham nos bastidores da sociedade, e produzem coisas realmente maravilhosas. Fomos, e somos, seguramente, um veículo importante para essas pessoas e instituições.
O jornal está a respirar. O jornal está de cara lavada. O jornal está pronto para encarar o futuro, se bem que tenha de trabalhar muito mais e melhor, para consolidar o seu próprio projeto.
Como não costumamos embandeirar em arco. Como não costumamos dar um passo maior que a perna, tenho, nesse sentido, de relevar, enaltecendo e agradecendo, o apoio, que nobre gente nos deu em alturas de uma crise de crescimento, que não escondi de quem quer que seja.
Essas pessoas investiram num projeto ganhador, fazendo dele parte por inerência, mas também por relevância de postura e de seriedade.
Não me querendo alongar mais, e tendo em conta o precário estado em que se encontra o jornalismo em termos laborais no nosso País, dirijo-me aos jovens que gostam desta arte, a tal arte que abracei há 35 anos, quando tinha 17.
É difícil ser-se jornalista!
É difícil liderar um projeto jornalístico.
Mas tudo se consegue com muita calma, sacrifício, inteligência e responsável descontração.
O “Etc e Tal jornal” é já uma escola para novos e velhos. É um espaço! Um renovado espaço! Um espaço que é dos seus leitores, mas também de quem aqui colabora e é voluntário.
É um espaço onde se respira. Onde se fala. Onde se trocam ideias. Onde, ninguém é mais que ninguém, mas é mais que todos que aqueles que se julgam mais que aquilo que são.
Nove anos de “Etc e Tal”. Trinta e cinco de profissão. Uns mais de idade, E digo: obrigado, porque o futuro é hoje, e é hoje que temos que agradecer a quem merece tal agradecimento, porque amanhã, daqui a pouco, pode ser tarde.
Obrigado meus amigos e minhas amigas.
Obrigado a si, porque sem si, não estava aqui.
Rima e é verdade!
(*) Diretor, administrador geral e fundados do “Etc e Tal jornal”
01jan19
…subscrevo a ideia de que é uma escola. É igualmente um espaço de liberdade de pensamento num tempo tão difícil para tal exercício de cidadania e neste caso, para o exercício de informação jornalística.