Esta rubrica dá a conhecer a toponímia portuense, através de interessantes artigos publicados em “O Primeiro de Janeiro”, na década de setenta do século passado. Assina…
Cunha e Freitas (*)
“Na cerca do Convento de Santo António da Cidade, onde hoje se encontra a nossa grande Biblioteca Municipal, rasgou-se, em 1855, uma rua que denominaram de Visconde de Bóbeda.
O marechal-de-campo Joaquim de Sousa Quevedo Pizarro (1777-1838), criado visconde de Bóbeda em 1835, tinha sido reformado no posto de brigadeiro em 1827, mas no ano imediato, segundo o partido de D. Pedro, e sendo governador da praça de Chaves, revoltou-se e veio apresentar-se às forças constitucionais, passou à Galiza conduzindo os soldados que os seus chefes haviam vilmente abandonado, e daí à Terceira, onde foi ministro da Guerra, Marinha e Estrangeiros da regência de D. Pedro, a quem acmpanhou a Portugal, como um dos 7500 do Mindelo.
Governador das Armas de Trás-os-Montes (1832-34) foi novamente ministro da Guerra (1837), morrendo como comandante da 5.ª Divisão Militar, em 23 de abril de 1838. Era do Conselho da rinha D. Maria II, condecorado com as ordens de Avis e da Torre e Espada; foi deputado em cortes, nos anos de 1834, 1836 e 1837.
Fica, assim, traçada sumariamente a biografia do homenageado nesta artéria citadina.
(*) Artigo publicado em “O Primeiro de Janeiro”, na rubrica “Toponímia Portuense”, de 14-11-1977.
Na próxima edição de “RUAS” DO PORTO destaque para a “RUA DE RODRIGUES SAMPAIO”
Foto: jotaguê e pesquisa Google
01abr19