Carla Ribeiro
Renuncio, mas regozijo-me…
Renuncio,
A este sentimento, onde o crescimento, já não é possível.
Regozijo-me,
Com a vida, por me fazer sorrir.
Transportei-te, com a mesma delicadeza,
Com que se transporta um Diamante,
Afirmei a mim mesma, que nos podíamos lapidar,
E sem renunciar, compreendi apenas,
Que não eras um Diamante,
E, não mais te poderia enlevar.
Fiz um enorme esforço, transportei-te por muito tempo,
Mas percebi ser inútil,
Toda esta minha compreensão.
Renuncio a esta relação,
A este meu sentir de Amar,
Onde me regozijo, com um sorriso só meu…
Desprovida do sentido,
Esvaziei as minhas mãos, segui o caminho,
Procuro, verdadeiros tesouros,
Diamantes de Amor,
Que são tesouros para guardar.
E, na verdade da renuncia,
Na compreensão de regozijar-me,
O tesouro que procuro,
Não se vive no Amanhã…
É o Hoje.
Carla Ribeiro
2018.03.11
(In)finita
Há um lugar (In)finito em mim,
Onde tranco o meu Ser,
Neste silêncio, que em mim grita solidão.
Nasce e caminha comigo,
Mesmo no meio da multidão,
Como um sem-abrigo, que rodeado de gente,
Se abraça na (In)finita solidão…
Há um (In)finito sentir,
Sem peso e sem medida,
Que se rasga no meu ser,
Com a lâmina afiada do Amor…
(In)finita, sou neste meu sentir,
Que me transforma a cada dor,
E me molda no sorrir e no Amar.
(In)finito este sentir, que
(In)finita a minha alma,
No meu corpo, sedento, de mudança, de saber,
Neste revigorar-me, que me ensina a crescer,
Na mudança, que eu não tinha ainda intuído em mim,
Mas que de tão bela era tão desejada…
(In)finito…
(In)finita…
Assim sou eu, Mesmo sem saber,
Porque é que tem que ser assim…
(In)finito …
(In)finita…
Carla Ribeiro
2018.06.1
Poemas que integram a Coletânea “alma in versos”, 2019.
Até breve com novos “sentir”, novos “amar”…
Namasté
Fotos: pesquisa Google
01mai19