Uma receita para toda a família, produzida com ingredientes muito simples e económicos.
Portugal foi o primeiro país ocidental a fazer uso culinário da beringela. Foram trazidas pelos árabes, e há registo do seu cultivo em pomares levantinos e andaluzas na alta Idade Media.
Houve uma distinção honorífica denominada pelo povo Ordem de Beringela no princípio do século XIX. Foi criada durante o reinado espúrio de José Bonaparte (1768-1844). Para tornar possível o projeto urbanístico, que deu origem à Praça do Oriente, em Lisboa, D. José I mandou derrubar quarteirões de casas, travessas e becos, igrejas e palacetes. E para levar a cabo seus planos consultou com sua amante, a marquesa de Hilversum, cujo marido, consentidor e sofrido condecorou com o Grande Cordão da Ordem Real de Portugal, e como o cordão que pendia da distinção era roxo o povo chamou logo de Ordem de Beringela.
A beringela é um fruto carnudo da família das solanáceas que pode apresentar duas formas: alongada ou arredondada. Sua casca é arroxeada. Tem uma polpa branca e carnuda, dentro da qual se encontram algumas sementes suaves, não é preciso eliminá-las.
Nutrição e saúde
Beringela é um dos legumes mais conhecidos em todo o mundo. Além da beleza de sua cor roxa, contém muitas vitaminas.
A beringela é um alimento de baixo teor em proteínas.
É aconselhável consumir as beringelas com sua casca, onde se encontra boa parte de seus nutrientes que não são poucos. Ela é rica em potássio, cálcio, fósforo, e seu conteúdo tem vitaminas A, C, B1,B2,B3. K. Possui também uma boa quantidade de sais minerais, tais como, potássio, ferro cobre e magnésio.
É também uma importante fonte de betacarotenos e ácido fólico.
É pouco calórica, sendo que 100 gramas possuem apenas 20 calorias. Por este motivo, é uma excelente opção para quem quer eliminar peso.
É rica em fibras, por isso sacia e ajuda a combater a preguiça intestinal. Exerce um considerável efeito depurativo sobre o sangue: limpa, previne as hemorragias e protege as artérias lesionadas pelo colesterol.
Estudos recentes apontam que a beringela é um ótimo alimento, cujo consumo ajuda a reduzir o colesterol e reduzir a ação das gorduras do fígado. Possui propriedades laxantes e digestivas.
É muito utilizada na culinária (frita, cozida, grelhada, recheada e em saladas).
Existem 1001 receitas . Basta por a imaginação no ar e acontecem maravilhas. Aqui vai uma receita fácil, rápida de fazer e muito saudável
Grau de dificuldade fácil
Custo económico
Tempo preparação 45 minutos
Tempo cozedura 25 “
Número de doses 04
Ingredientes
2 beringelas
1 cebola grande
5 dentes de alho
50ml de azeite
Quadradinhos de bacon fritos
1 raminho de coentro c/salsa
2 latas de cogumelos laminados
4 dl de molho bechamel (Já se vende preparado)
4 colheres de sopa de queijo mozzarella
Sal, pimenta
Preparação
Corte as beringelas ao meio, no sentido do comprimento, e retire-lhes a polpa, delicadamente. (Passe-as no interior com um pouco de sumo de limão para não oxidarem. Passe umas pedrinhas de sal.
Pique a polpa da beringela, assim como a cebola e os alhos. Refogue estes ingredientes no azeite juntamente com o bacon. Adicione as ervas e os cogumelos escorridos. Tempere de sal e pimenta.
Ligue o forno a 200º.
Passe por água as “barquinhas” e enxugue com papel absorvente. Coloque as beringelas no tabuleiro humedecido com água e azeite por 5 minutos.
Entretanto, misture o bechamel, envolva bem com o preparado anterior, retire o tabuleiro e preencha as metades das beringelas.
Meta no forno por mais 25 minutos.
Polvilhe com queijo e leve ao forno a gratinar. 5 minutos +/-
Deixe arrefecer cinco a dez minutos antes de servir para intensificar todos os sabores.
Pode ser consumido, quente ou frio.
Sirva a acompanhar uma boa salada de alface, rucula, cenoura, tomate cherry e algumas nozes ou amêndoas fatiadas.
Vinho
Este belíssimo cozinhado pode ser acompanhado de um vinho verde adamado da sub-região que se desenvolveu à volta da margem sul do rio Minho, zona de meia encosta. Os vinhos extremes da casta Alvarinho são o ex-libris da sub-região de Monção e Melgaço e acompanham muito bem este tipo de delícia.
Importante
A temperatura a que é servido o vinho verde tem uma função preponderante na percepção da sua qualidade. A temperatura recomendada para o consumo é: Vinho Verde Branco 8 a 12 °C;
Dicas úteis
Como escolher as beringelas?
Não as escolha demasiadamente grandes, pois têm mais sementes e não são tão boas. Também não compre as que estejam muito maduras Verifique se a casca está lisa e brilhante. O cabo da extremidade deve estar verde e com pontas coladas na casca isso assegura a frescura.
Cor: A violeta longa é a mais comum, pode ser usada em qualquer receita.
Já para guarda-las no frigorífico, use um saco plástico, elas podem durar de uma ou duas semanas, na gaveta baixa do frigorífico.
Saiba que copo usar para servir os diferentes vinhos:
Bom Apetite!
Viva o Verão!
Texto: Carmen Navarro
Fotos: Luís Navarro
Foto (Vinho): pesquisa Google
01jul19