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“METROBUS DO MONDEGO” NÃO SERÁ SUBCONCESSIONADO A PRIVADOS

O modelo de exploração que o Estado definiu para o Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) não prevê a subconcessão da operação a privados. Ao que conseguimos conseguiu apurar, será a empresa Metro Mondego SA a assegurar diretamente a operação do sistema, com recursos próprios, e assumindo o papel de operador público de transportes.

O Ministério das Infraestruturas, em conjunto com as diversas autarquias que fazem parte do SMM, analisaram vários modelos de exploração – um dos quais a subconcessão da operação a um operador privado, modelo semelhante ao que existe, por exemplo, no Metro do Porto – mas optou-se por deixar essa tarefa diretamente nas mãos da Metro do Mondego.

Entretanto, a fase de estudo e projetos terminou e em breve irão começar as obras no troço entre Serpins, na Lousã, e o Alto de S. João, em Coimbra, que aguarda o visto prévio do Tribunal de Contas. Em 2020, serão lançados os concursos das empreitadas dos restantes troços: Alto de S. João / Portagem, Portagem / Coimbra B e Linha do Hospital.

O projeto do Metrobus do Mondego, o primeiro projeto “Bus Rapid Transit” (BRT) a ser implementado em Portugal, está dividido em dois troços: urbano, com 12 quilómetros de extensão, em via dupla e uma velocidade máxima de 50km/h; e suburbano, em via única e uma velocidade máxima de 60km/h. A frota será composta por 35 veículos elétricos articulados e biarticulados e irá representar um investimento global de 85 milhões de euros.

Recorde-se que a proposta de Orçamento do Estado para 2020, aprovada pelo Parlamento na generalidade, prevê o investimento de 22 milhões de euros no SMM no próximo ano, valor que representa 26% do total do projeto.
O projeto para um sistema de metro que ligasse as populações de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã, no antigo ramal ferroviário da Lousã, tem já cerca de 25 anos. Depois de muitos avanços e recuos dos diferentes Governos, o anterior Executivo decidiu avançar finalmente com o projeto, que deixou de ser ferroviário, e passou a contemplar a instalação de um sistema de transporte em sítio próprio, em BRT, com veículos de tração elétrica.
Recorde-se que em abril de 2016, a Transportes em Revista organizou em Coimbra uma sessão-debate sob o tema “Metro do Mondego Alternativa Busway”, onde se discutiu a possibilidade de implementar um sistema de Busway no ramal da Lousã.

Texto: Pedro Pereira (Transportes em Revista – TeR) / EeTj

Foto: TeR

01fev20

 

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