Não tendo sido consensual a estratégia do executivo da Camara Municipal de Ovar, assumida e liderada pelo seu presidente Salvador Malheiro, que resultou na declaração pelo Governo, do “estado de calamidade” e da “cerca sanitária” no concelho de Ovar no dia 17 de março. A evolução da pandemia do coronavírus que atingiu o nível de transmissão comunitária, inicialmente identificado em São João de Ovar. Acabou por inibir qualquer crítica ou objeção da oposição, que se limitou igualmente a cumprir os apelos de uma quarentena, que os autarcas e as equipas da Proteção Civil assumiram na primeira linha de combate ao covide-19, sem espaço a uma natural escrutinação democrática, a não ser a das redes sociais com todas as suas consequências.
José Lopes
(texto)
A resposta da população aos dramáticos apelos para o isolamento social, bem como a colaboração na aplicação das medidas de condicionamento social preventivamente assumidas na comunidade, ao nível da mobilidade e circulação rodoviária com os concelhos vizinhos. Que incluíram mesmo a suspensão da paragem de comboios nas estações e apeadeiros neste concelho, sujeito a exceções mais rígidas que o estado de emergência declarado no país. Acabou por se manifestar com grande sentido de responsabilidade, mesmo com esporádicos episódios rocambolescos vividos nas “fronteiras” asseguradas pela PSP e GNR, em que se registaram saltos da “cerca” e passagens à margem das medidas de segurança, por caminhos antigos que exigiram redobradas medidas de controlo, que incluíram drones e consequentes detenções aos transgressores do estado de calamidade, então vivido.
Já o segundo período da “cerca sanitária” renovado pelo Governo a 2 de abril, para dar continuidade às medidas de contenção implementadas no conselho de Ovar, com a novidade de um “corredor” para saída e entrada de mercadorias. Evoluiu rapidamente para a introdução de sucessivas exceções dirigidas a um conjunto de grandes empresas, que teve como resultado, abrir portas a uma onda de contestação, nomeadamente das pequenas empresas industriais e comerciais. Sentimento de indignação por exceções vistas como discriminatórias, que acabaram por invadir as redes sociais e foram mesmo motivo de diferentes denúncia dos partidos da oposição, como foi o caso do PS, BE e PCP. Ainda que tenham sido decretadas medidas de segurança para as empresas poderem funcionar, que incluíram a redução do número de trabalhadores para garantir o exigido distanciamento, a obrigatoriedade de quarentena e a dispensa dos trabalhadores acima dos 60 anos de idade. Medidas fundamentais mas sem meios da Autoridade para as Condições de Trabalho – ACT para a sua fiscalização.
O clima de dramatismo que Salvador Malheiro chegou a assumir nos dias iniciais desta crise pandémica, foi se alimentando com pontuais momentos de polémica entre o autarca e o poder central, a exemplo da atualização dos números diários de infetados pelo covid-19, diferença que se mantem até aos dias de hoje, ou ainda os dramáticos apelos por mais testes e meios materiais e humanos (equipas de médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar) para o hospital, inicialmente de campanha, que veio a adotar o nome de Anjo D’Ovar, como extensão do Hospital de Ovar a funcionar no Arena Dolce Vita. Dramático foi igualmente o apelo feito ao Governo quando o Lar da Santa Casa da Misericórdia de Ovar foi atingido pelos primeiros focos de infeção e por mortes de utentes idosos. Um pesadelo vivido neste Lar, denunciado por trabalhadores a quem o Bloco de Esquerda de Ovar deu voz junto de várias entidades competentes, e cuja reação da administração não contrariou, assumindo mesmo “obviamente temos resistido a aceitar o retorno dos hospitalizados. Afinal o nosso grito dos últimos dias tem sido: “o lar não é um hospital”, mas acabamos por ter de os aceitar, já que legalmente não poderíamos recusar”, uma referência aos idosos que foram enviados para o serviço de urgência do Hospital da Feira.
Com o cenário da pandemia em Ovar a ser considerado pelas entidades de Saúde, equiparada à média nacional, mesmo mantendo-se a divergência dos números. E com a unidade e consenso que dominou a fase inicial do estado de calamidade, a esvair-se em diferentes campos, mesmo na popularidade da intervenção diária do autarca que liderou toda esta estratégia acompanhado pelos seus vereadores de partido, deixando os vereadores da oposição (PS) sem reuniões da Câmara a exemplo da Assembleia Municipal. Entre as vozes que se opuseram à renovação para uma terceira fase do estado de calamidade, contavam-se empresários e comerciantes, mas também trabalhadores, nomeadamente os que trabalhavam fora do concelho “sitiado”. Entre os partidos da oposição só mesmo o CDS-PP local deu voz ao descontentamento que germinava contra a continuação da “cerca” e assumiu-se a favor do seu levantamento.
Uma certa normalidade voltou então ao concelho de Ovar, com o levantamento do cerco sanitário decretado pelo Governo no dia 17 abril, ainda que condicionado por inesperadas exceções que fizeram os ovarenses sentirem-se confinados para além das imposições do estado de emergência no país. Mesmo assim, o fim do estado de calamidade foi motivo para o lançamento de foguetes, que terá surpreendido o próprio presidente Salvador Malheiro quando falava aos jornalistas, na noite do dia do levantamento da cerca sanitária. Um momento a que se associou o Governo com a visita do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que veio reafirmar as deliberações de exceção para Ovar, e o prolongamento de medidas de confinamento social, que até melhores explicações cientificas, vem sendo decisivo na evolução e controlo do contágio comunitário, que Salvador Malheiro partilha diariamente na sua página do facebook sobre as diferentes fases de luta ao covid-19 que aqui se destacam na continuação da cronologia iniciada na edição anterior.
Dia 1 (18:26) – “O cerco está a funcionar. Serviu para evitar o contágio para os municípios vizinhos e agora tem que servir para nos proteger e para começar a reerguer a nossa economia.” O habitual gráfico diário, continuou a identificar Ovar (ex-freguesia) como área de maior número de infetados, 128, 41%, São João de Ovar, 71, 23%, Válega, 38, 12% e Esmoriz, 20, 6%. Os recuperados persistiam no total de 5.
(22:47) – “A Câmara Municipal de Ovar, para retirar pressão à linha Saúde 24, implementou a Linha de Apoio Covid Ovar, para que os munícipes de Ovar com sintomas Covid possam ser atendidos e aconselhados por um profissional médico das 8:00 às 20:00 durante a semana e ao fim de semana das 10:00 às 18:00. Para qualquer outra emergência médica ligue o 112.”
Dia 2 (00:51) – Nas também já habituais declarações de Salvador Malheiro no final de mais um dia na linha da frente, referiu a realização de mais 122 testes e a espectativa na decisão do Governo sobre o “cerco sanitário” e outras “medidas musculadas”, que “têm funcionado”, e que, como reconheceu, “os resultados são bem melhores do que caso não tivéssemos a cerca sanitária. Ainda sendo cedo para tirar conclusões extemporâneas”
(15:10) – “O Governo prepara-se para decidir acerca da manutenção ou não da cerca sanitária em Ovar. É o governo que decide. Mas tive oportunidade de ser ouvido pelos nossos governantes e expressei a minha opinião.
Vejo com bons olhos a manutenção do cerco.
Manter o cerco nada tem a ver com a criação de um novo cerco. Trata-se sim de não desperdiçar todo o trabalho positivo que foi feito até hoje em Ovar. Apesar dos indícios positivos no concelho, a situação ainda não está controlada. Por outro lado, esta é a hora de nós nos protegermos.
De igual forma, defendi junto do Governo a permissão de um corredor de mercadorias para as nossas indústrias que possibilite uma redução dos seus prejuízos por continuarem fechadas. E também defendi a possibilidade dos take away poderem trabalhar.
Compreendo a insatisfação e a aflição de muitos. Sei que está a ser muito difícil para as nossas empresas e para as nossas famílias. Mas tenho esperança de que este esforço que está a acontecer em Ovar, maior que nos outros concelhos, nos vai permitir sair mais cedo desta crise e reerguer a nossa economia local mais depressa e assim ajudar o nosso País.(…)”
(17:06) – “343 confirmados. 13 óbitos. A situação continua complicada, mas o aumento do número de confirmados resulta sobretudo da estratégia intensa de testar ao Máximo. Vamos continuar a trabalhar.” Afirmou o autarca relativamente ao gráfico por freguesias, em que Ovar, 141, 41%, continua a distanciar-se de São João de Ovar, 78, 23%.
(17:34) – “Finalmente o Governo a tomar as medidas musculadas mas necessárias… para todo o País. Tal como já o tínhamos feito para o Município de Ovar.” Referindo-se às decisões do Governo, que decretou confinamento ao concelho de residência durante cinco dias, no âmbito das festividades da Páscoa.
(18:12) – “Para que fique claro: apenas dei a minha opinião sobre a manutenção do cerco em Ovar. A responsabilidade e a competência dessa decisão é apenas e só do Governo. E essa decisão ainda não foi anunciada. Vamos aguardar…”
(22:27) – No dia em que o Presidente da República aprovou a continuação do “estado de emergência”, o autarca declarou rever-se nas medidas “musculadas” e “arrojadas”. Agradeceu à Fundação do Benfica na pessoa do cidadão de Ovar, Carlos Moia, a doação de um ventilador e lembrou estar ainda em falta a promessa do Governo, de equipas médicas e de enfermagem. Ainda sobre a manutenção da “cerca sanitária” no concelho de Ovar, o autarca comunicou que foi previamente ouvido pelo Governo, ao qual manifestou a necessidade de um “corredor de mercadorias para as empresas expedirem os seus produtos e receberem matéria-prima”. Terminou com a mensagem de que, “de nada vale uma economia sem pessoas”.
(23:19) – Divulga o comunicado do Conselho de Ministros, chamando atenção para o ponto 3, que diz: “Foi aprovada uma resolução que, na sequência da pandemia Covid-19, prorroga os efeitos da declaração de situação de calamidade e a cerca sanitária no município de Ovar até 17 de abril de 2020, sem prejuízo de prorrogação ou modificação face à evolução da situação epidemiológica.” Segundo a entretanto publicada Resolução do Conselho de Ministros n.º18-B/2020.
Dia 3 (09:56) – “Hospital de Campanha, que funcionará como extensão do Hospital de Ovar está pronto sob o ponto de vista logístico. Grande trabalho do INEM, dos Bombeiros de Esmoriz e da Camara Municipal. Agora falta a saúde. Os médicos, os enfermeiros, os equipamentos clínicos. Até ao momento: Nada. Espero que o Ministério da Saúde saiba honrar com a sua palavra. Estamos à espera há 5 dias. E o Hospital de Ovar já está quase no seu limite. Precisamos muito deste Hospital de Campanha.”
(20:02) – (…) “Mais de 1100 testes realizados por iniciativa do nosso Gabinete de Crise. Não temos lista de espera para testes em Ovar de utentes referenciados pela saúde Pública.” Afirmação que acompanhava o gráfico do ponto de situação local, com 16 óbitos e 364 infetados confirmados. Ovar, 148, 41%, São João de Ovar, 82, 22% e Válega, 43, 12%, como as três áreas com maiores números de infetados, em que se incluíam 32 idosos do Lar da Santa Casa da Misericórdia de Ovar, que aguardava mais resultados.
(23:54) – “As coisas hão de melhorar. Já falta menos…” afirmou ao final do dia, lembrando a chegada ao Hospital de Campanha, de material clinico e médico garantido pelo Governo. Dando também a notícia de que a Segurança Social começava a pagar salários aos trabalhadores de Ovar e aos de fora de Ovar impedidos de trabalhar, como resultado do “cerco sanitário”.
Dia 4 (11:13) – “Já chegamos a Abril… o mês da Liberdade. Este ano temos que honrar Abril de forma diferente. Com os valores da defesa da comunidade, da solidariedade, da coragem e da resistência. Como no poema de Sophia… a madrugada pela qual esperamos… vai chegar! Vamos vencer. Acreditem.”
(17:03) – “Boas noticias! Em Ovar já fizemos mais de 1200 testes. O que corresponde a mais de 2,1% da nossa população. Já estamos em velocidade cruzeiro na realização de testes (em Portugal teremos testado apenas cerca de 0,75% da população). Ainda faltam fazer muitos testes mas começamos a ter dados reais que nos permitem retirar algumas conclusões em Ovar. A função de 3º grau aproximada dos nossos novos casos confirmados em ovar para além de apresentar uma 2ª derivada negativa já há uns dias também já tem valores negativos para a 1ª derivada atualmente. O que quer dizer que a nossa curva já está a descer. Entretanto às 16:00H de hoje tínhamos 388 infetados confirmados e mantendo os 16 óbitos. Isto está a melhorar. Mas não podemos facilitar.” A mensagem que acompanhava o gráfico com Ovar, 153, 39%, São João de Ovar, 90, 23%, Válega, 49, 13% e Esmoriz, 22, 6%.
(21:18) – “A Camara de Ovar comprou hoje 28 camas articuladas e 13 monitores para o nosso Hospital de Campanha.”
(22:34) – Entre as declarações de final do dia do autarca, destacou-se a afirmação de que, “a nossa curva está a ficar achatada e tendência decrescente”. Foi também decidido pelo executivo a compra de 28 camas articuladas e 13 monitores para o Hospital de Campanha, em que, “queremos receber os nossos governantes”. Mas Salvador Malheiro foi mais longe, “queremos um nome para o Hospital de Campanha que nos una, que congregue todo este espirito vareiro.”
Dia 5 (13:56) – “406 infetados confirmados. 16 óbitos. A tendência confirma-se. Estamos no bom caminho. Mas não podemos facilitar.” No gráfico eram expostos dados como: Ovar, 154, 38%, São João de Ovar, 92, 23% e Válega, 49, 12%.
(22:09) – “Seguimos Juntos. Estamos no bom caminho. Mas não podemos facilitar…” Com a confirmação de um segundo teste negativo, “começamos a ter recuperados de acordo com as indicações da OMS”, o que na opinião do autarca são “extraordinárias novidades para nós (…)”
Dia 6 (00:36) – “Perante a especulação que se gerou relativamente às indústrias produtoras de bens essenciais que podem laborar durante o nosso cerco e as acusações infundadas sobre a minha pessoa, eis a clarificação necessária por parte de quem tem a competência e a responsabilidade da decisão: o governo. Fui ouvido e apoio a decisão. Concordo com esta clarificação, com regras cegas em função da atividade das empresas (CAE) e iguais para todos. Também concordo com as restritas condições sanitárias e de trabalho impostas às empresas para poderem laborar. As exceções a acontecer terão que ser objeto de despacho específico por parte do governo. Cumpriremos escrupulosamente com este despacho.” Referindo-se ao Despacho n.º4148-A/2020 entretanto publicado, que visava clarificar as dúvidas que não pararam de aumentar sobre as industrias que podiam laborar.
(16:06) – “Boas Notícias. E o esclarecimento que se impõe.” Salvador Malheiro referia-se à notícia do dia, em que o Governo, através do novo despacho veio permitir a laboração de oito empresas de Ovar durante o cerco. O autarca realçou as condições restritivas, como as que limita as empresas a funcionarem só com trabalhadores do município e apenas um terço, estando ainda interdito a trabalhadores com mais de 60 anos. Uma outra exigência é a que obriga a que os trabalhadores tenham sido sujeitos a quarentena. Mas o dia foi ainda marcado por “uma série de exceções” através de uma lista de empresas que podem laborar. “Percebo a revitalização da economia”, mas como afirmou, “tem que haver justiça”, lembrando as restantes empresas. Por fim deixou o apelo, “não podemos colocar em causa a saúde pública.”
(16:38) – “Aos poucos que passam a vida a criticar deixo o repto para que mudem de registo… e venham ajudar. Todos são bem-vindos. Este é o desafio das nossas vidas. Já temos mais de 150 voluntários de todas as partes do País! Por fim esclarecer que o despacho de hoje (com a identificação de algumas empresas que podem funcionar) é da responsabilidade única e exclusiva do governo. É um ato discriminatório para os pequenos e médios empresários que têm o mesmo CAE de atividade das empresas excecionadas. Considero uma injustiça que deve ser reparada.”
(17:25) – “Uma tendência animadora que se tem vindo a confirmar ao longo dos últimos dias. Mas não podemos facilitar. Não podemos tirar a mão de cima da mola.” Assim se referia ao gráfico local com, Ovar, 162, 40%, São João de Ovar, 95, 23%, Válega, 51, 12%, Esmoriz, 24, 6% e ainda Arada, 20, 5%.
(18:59) – “Um gráfico da McKinsey e Oxford Economics extremamente feliz e que teve oportunidade de ser explicado por Paulo Portas na TV no passado domingo. Temos consciência desta realidade e estamos a tentar gerir a situação de crise em Ovar por antecipação seguindo precisamente estas orientações.” Publicação acompanhada dos referido gráfico, que na prioridade 1, indica “conter o contágio o mais depressa possível (…)” e na prioridade 2, “isolamento e distanciamento (…)
Dia 7 (10:24) – “Depois do despacho conjunto do Srs. ministros da economia e da administração interna com a Clarificação das Atividades Económicas (CAE) habilitadas a laborar no Município de Ovar no âmbito no estado de Calamidade, o Senhor Ministro da Economia já fez três despachos permitindo o funcionamento a mais 29 empresas de forma excecional. Não é justo para o pequeno e médio empresário!
Neste contexto, mantendo-se a boa tendência na evolução de novos casos de Covid em Ovar e impondo regras apertadas de funcionamento:
i laborar no máximo com um terço dos colaboradores;
ii colaboradores só do Município de Ovar;
iii interdição aos colaboradores com mais de 60 anos
iv exigência máxima nos planos de contingência das empresas, designadamente com obrigatoriedade de quarentena prévia dos colaboradores.
Defendo que depois da Páscoa (próxima 3a feira), mantendo-se este cenário de tendência positiva dos novos casos, toda a indústria no Município de Ovar deve poder trabalhar. Mais, essa decisão (despacho do governo) devia acontecer o mais rapidamente possível para que as empresas se possam preparar com tempo.
A atividade económica não pode pôr em causa a saúde pública. A vida das pessoas está sempre em primeiro lugar. Mas depois de tanto esforço e penalização dos nossos empresários do Município de Ovar (correspondente à aquisição de muitos ventiladores) é hora de começarmos a reerguer a nossa economia. De sermos dos primeiros a sair desta crise e tentar ajudar a levantar Portugal. Mas de forma justa e igual para todos.”
(14:04) – “Ponto de situação no Município de Ovar hoje (…) Cerca de 2000 testes efetuados. 432 infetados confirmados. 16 óbitos. 7 recuperados. E uma tendência decrescente de novos casos confirmada pelos dados dos últimos dias. Estamos no Bom Caminho. Mas não podemos facilitar. Vamos todos cumprir com as regras.”
(18:59) – “De acordo com informação recebida pela Saúde Pública há momentos, tendo chegado um elevado número de resultados de testes, temos neste momento 448 casos confirmados no Município de Ovar. Estamos longe de ter a situação controlada… Não podemos facilitar.”
(20:16) – “O Povo do Concelho de Ovar através da sua Câmara Municipal já investiu mais de 150 mil€ em Saúde no âmbito do vigente estado de Calamidade. Este investimento refere-se à aquisição de Equipamentos de Proteção Individual, Testes, equipamentos para o nosso Hospital Anjo D’Ovar e outras despesas correntes. Não há dinheiro que pague uma Vida Humana.”
Dia 8 (09:39) – “O nosso Hospital Anjo D’Ovar praticamente pronto. Obrigado a tantos e tantos que Ajudaram e vão Ajudar.”
(14:21) – “Continuamos com uma grande campanha de testes em Ovar. Já fizemos mais de 2100 testes. Infelizmente o número de infetados confirmados em Ovar não é 273 como hoje vem descrito no relatório da DGS, mas sim 477 de acordo com a autoridade local de saúde. Dou os nomes se quiserem! E tivemos mais 2 óbitos totalizando no Município já 18 falecimentos com Covid. Estes números reais (de novos confirmados) contrariam a tendência verificada nos últimos dias. A justificação estará na chegada de um grande número de resultados de testes. Não vamos perder a nossa força e motivação. Apelo à consciência de cada um para que cumpram escrupulosamente as regras. Não podemos relaxar. Aos que apenas gostam de criticar deixo um apelo de união: Venham Ajudar. Todos são muito bem-vindos.”
(17:05) – “O nosso Hospital Anjo D’Ovar. Grande Alexandre Rosas… não só pelo trabalho, dedicação e lealdade mas também pelo bom gosto. Um agradecimento muito especial ao Nosso Bispo do Porto pela sua presença hoje no nosso Anjo D’Ovar.”
(19:47) – “Recebemos hoje a visita de Sua Exa. Reverendíssima D. Manuel Linda, Bispo do Porto ao nosso Hospital Anjo D’Ovar tendo benzido as nossas instalações antes de começarmos a receber doentes no Hospital. Em nome de todo o Povo Vareiro a nossa profunda gratidão por tão nobre gesto revelador de imensa preocupação, solidariedade e deferência connosco.
Dia 9 (10:36) – “Têm sido tantos e tantos que nas últimas semanas têm abdicado de tudo em defesa da saúde pública no Município de Ovar. Faltam aqui muitos mas sei que não ficam chateados tendo em conta o seu elevado sentido altruísta. A todos Muito Obrigado. Aos que continuam apenas a criticar: Venham ajudar. Temos muito parafuso para apertar, muitos alimentos para distribuir, muitos telefonemas para atender. Enfim tanta coisa para fazer. Venham são todos muitos bem-vindos. A Hora é de União.”
(15:23) – “Ponto de situação no Município de Ovar hoje (…) Número total de infetados confirmados:497. Número total de Óbitos: 18. A verdade. E a verdade é libertadora.”
(20:08) – “21 Recuperados no Município de Ovar dos quais 12 com 2 testes negativos consecutivos e 9 por critérios clínicos.”
Dia 10 (00:37) – “Uma palavra de enorme reconhecimento a todos os infetados com Covid-19 do nosso Município, e respectivas famílias, que estão a recuperar e bem em suas casas…Muita força! Depois um apelo a todos os outros: Ou nós temos a capacidade, a responsabilidade e o espírito de sacrifício de nos sabermos comportar, todos, como potenciais infetados no nosso quotidiano Ou isto pode correr muito mal. Em Ovar e sobretudo em Portugal.”
(12:58) – “Tivemos ontem à noite a informação de vários infetados no Lar do Grupo de Acção Social de São Vicente. Esta manhã o nosso Gabinete de Crise deslocou-se à Instituição para fazer o que tem que ser feito. Não podemos esperar… pelos outros. Apesar da situação complicada neste Lar, existe uma excelente organização interna.”
(14:24) – “Ponto situação no Município de Ovar hoje (…) 528 infetados confirmados. 19 óbitos. 24 recuperados.” Informação acompanhada pelo habitual gráfico em que se Ovar continua a destacar-se com 202, 38%, e São João de Ovar, 108, 21%.
(22:56) – “546 foi o número fornecido pelo ACES, há minutos, relativo aos infetados confirmados atualmente no Município de Ovar. Vamos ver que número apresenta a DGS amanhã… hoje apresentaram só 379.” A polémica sobre o número de infetados era assim mantida.
Dia 11 (11:43) – “Quando muitos ainda não tinham despertado:
1) Nós já tínhamos contratado laboratórios privados e acordado com organismos públicos a realização de testes.
2) Nós já tínhamos comprado zaragatoas, húmidas e secas.
3) Já tínhamos implementado um posto para a realização de testes.
4) Já tínhamos garantido o transporte diário de centenas de recolhas/amostras de testes percorrendo milhares de kms por dia (Porto, Guarda, Aveiro, Lisboa).
5) Já conhecíamos a evolução geográfica da pandemia no nosso concelho, em função dos resultados que íamos recebendo.
6) Já conhecíamos os focos principais.
7) Já tínhamos preparado infraestruturas para receber infetados localizadas estrategicamente.
8 ) Já tínhamos preparado um hospital de campanha.
9) já tínhamos implementado um sistema de acompanhamento domiciliário dos nossos infetados.
10) Já tínhamos preparado a nossa rede social para acompanhar as famílias dos nossos infetados.
Tudo iniciativa nossa! Já investimos centenas de milhares de euros nesta causa, quando a responsabilidade e competência não são nossas!
Conseguem imaginar o que seria da evolução da pandemia em Ovar sem estas ações levadas a cabo pelo nosso Gabinete de Crise liderado pela Câmara?
E ouço agora… que alguém nos terá impedido de ter acesso ao resultado dos testes e à sua divulgação?!
Que ninguém pense nisso. Era só o que faltava.
Para além desses dados serem imprescindíveis para o nosso trabalho diário (24/24), esses dados são nossos!
Mais, tendo sido eu eleito pelo Povo do Município de Ovar tenho o dever de informar e dizer a verdade a quem tanto esforço está a fazer. O Povo.
Naturalmente que quem é nomeado ou conduzido não terá esse sentido de responsabilidade.
Será que esses não percebem que é diferente ter um caso infetado num bairro social ou numa moradia isolada…
Pois bem… vamos continuar a fazer o que sempre fizemos. Da mesma forma. Divulgando publicamente a verdade com toda a população.
Exigimos respeito por quem está há cerca de um mês a trabalhar diariamente (24h sobre 24). E somos muitos.
Caso contrário, saberemos exigir responsabilidades pelo que de futuro aconteça.
No Município de Ovar quem manda é o Povo. E o Povo Vareiro Unido vai Vencer.
Deixo-vos a informação de hoje às 12:00 do Município de Ovar, com distribuição por freguesias.” A esta declaração pública, Salvador Malheiro junta o habitual gráfico por freguesias, com Ovar, 203, 37%, São João de Ovar, 109, 20% ou Válega, 76, 14%. Num total de 548 confirmados, 21 recuperados e 19 óbitos.
(18:18) – “Testes e mais Testes. Tem sido essa a nossa estratégia desde a 1a hora. E assim foi durante todo o dia de hoje, mesmo sendo sábado de Páscoa, em Ovar.”
(21:22) – “Um agradecimento enorme aos nossos profissionais de saúde do ACES. Têm feito um grande trabalho.(…)”
Dia 12 (10:05) – “Não é de campanha. Não é de missão. É mesmo um Hospital. É “O Anjo D’Ovar”. Uma extensão do Hospital de Ovar. E está, finalmente, operacional. Vai receber os primeiros doentes amanhã, segunda-feira. Feito, para os nossos e para os outros.”
(12:17) – “Ponto de situação no Município de Ovar hoje (…): 553 infetados confirmados (405 na União de Freguesias, 78 em Válega, 36 em Esmoriz, 22 em Maceda e 12 em Cortegaça).(…)”
Dia 13 (08:54) – “Hoje é um dia decisivo. Vamos receber os primeiros doentes, a precisar de cuidados hospitalares, no nosso Anjo D’Ovar.”
(11:42) – “A situação em Ovar continua complicada. Não podemos relaxar. Temos todos que cumprir com as regras. Ponto de situação no Município de Ovar hoje (…): i) 568 infetados confirmados (411 na União de Freguesias, 84 em Válega, 37 em Esmoriz, 22 em Maceda e 12 em Cortegaça); ii) 20 Óbitos; iii) 52 recuperados.”
(19:15) – “Já recebemos os primeiros doentes, com necessidade de cuidados hospitalares, no nosso Anjo D’Ovar. Desejamos rápida recuperação a Todos.
(22:39) – “Infelizmente, durante a tarde de hoje, tivemos a informação de mais 2 óbitos (num total, de 22) e mais 10 infetados confirmados (num total, de 578). A situação continua muito complicada e, de forma alguma, podemos baixar a guarda. (…)”
Dia 14 (00:02) – “Entre a crise sanitária e a crise económica, importa aferir e validar, a imunidade da população. O Município de Ovar, com a sua especificidade, nesta causa do Covid-19, tem todas as condições, para ser um caso de estudo, de sucesso e replicável, em todo o País. Já estamos a trabalhar nisso.”
(13:24) – “Estamos, há quatro semanas, a testar com muita intensidade e a ritmo constante. Na 1.ª semana, por cada 100 pessoas testadas, o número de infetados, era na ordem dos 35. Na 2.ª semana, esse valor, passou para 30. Na 3.ª semana, passou para 20. E, os últimos números, revelam uma percentagem, de 10%. Claro que são boas notícias. Revelam que o trabalho e o esforço de todos está a valer a pena. Mas, enquanto houver rede de contágio ativa, não podemos baixar a guarda. Os Bombeiros, a quem presto a minha humilde homenagem, aos de Ovar e aos de Esmoriz, há muito que me ensinaram que, um reacendimento, pode ter consequências muito maiores, que o incêndio inicial. Basta o vento ajudar… Não podemos facilitar.”
(17:29) – “No Terreno. Em sensibilização. Educando. Explicando. Ouvindo. Por um Município, com mais Saúde.”
(20:39) – “Dados atualizados, do Município de Ovar hoje (…): 581 infetados confirmados; 23 óbitos; 21 recuperados (ontem houve um lapso na sua contabilização).
Trata-se de informação relevante, para futuras decisões.
Qualquer decisão, bem estruturada, obriga a várias etapas:
- i) identificação do problema.
- ii) diagnóstico, recolha de dados e tratamento de informação.
iii) identificação de alternativas.
- iv) escolha da melhor alternativa.
- v) decisão e acompanhamento.
Uma opinião, sem conhecimento, é infundada.
Uma decisão, sem conhecer todos os dados, pode revelar-se catastrófica.
Criar, prolongar no tempo, ou retirar uma cerca sanitária é, sempre, uma decisão muito difícil, que cabe, a quem domina a matéria e tem, a competência e responsabilidade, para tal: a Saúde Publica.
Trata-se de um sistema, com múltiplas variáveis, que exigem uma abordagem alargada e multidomínio.
No nosso caso, também depende, e muito, das condições, em que o estado de emergência nacional irá ser prolongado.
Acho prudente, analisar os dados, dos próximos dias. No mínimo…
Por outro lado, há que minimizar a probabilidade de “reacendimento”.
Mas uma coisa é certa: O povo vareiro e as suas empresas, merecem uma discriminação positiva. Sofreram muito mais, que os outros. Não deixarei de dar a minha opinião, se for convidado por quem de direito. Para já é precipitado. Não conheço todos os dados, nem a estratégia do governo.
Temos que ser eficazes, a salvar vidas e eficientes, a defender a economia local. Não há economia sem pessoas saudáveis.”
(22:09) – Vice-Presidente da Câmara Municipal de Ovar, Domingos Silva, fez uma declaração sobre a entrada em vigor do Despacho nº 4394-c/2020, “que reconhece o funcionamento de estabelecimentos industriais no Município de Ovar e respetivas regras, bem como um esclarecimento sobre o pagamento aos trabalhadores de Ovar pela Segurança Social no período da contenção geográfica.”
(22:58) – “Sobre o tratamento dado, aos trabalhadores de Ovar, impedidos de trabalhar e também aos que, sendo de fora do concelho, não puderam trabalhar, fica aqui o esclarecimento, que todos receberão por inteiro (100%), por parte da segurança social, no âmbito das regras do isolamento profilático, durante a vigência completa do nosso estado de calamidade (17 Março a 17 Abril). Tive oportunidade de explicar, hoje, à Sra. Ministra, que não existem dois estados de calamidade, em Ovar, mas sim um único, que foi prolongado. E, como tal, as condições também se mantêm. A situação estará resolvida. Amanhã teremos novidades. Não vale a pena especular mais.”
Dia 15 (13:19) – Salvador Malheiro divulga a sua participação, “Em reunião com especialistas Covid-19, esta manhã, no INFARMED (Lisboa), com a presença do Presidente da República, Primeiro Ministro, Presidente da Assembleia da Republica, vários ministros (as), deputados(as) e outras autoridades do mundo científico, da saúde e da política.”
(18:06) – “A Senhora Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, cumpriu com a sua Palavra. Todos os trabalhadores, residentes no Município de Ovar, impedidos de trabalhar e os que, sendo de fora, não puderam trabalhar nas suas empresas, localizadas em Ovar, irão receber a 100% pela Segurança Social, durante a vigência do estado de Calamidade, no Município de Ovar, ou seja de 17 de Março a 17 de Abril. Aqui fica, o nosso reconhecimento público.”
(18:46) – “Ponto de situação, no Município de Ovar, hoje (…): Recuperados, 44; Infetados confirmados, 586; Óbitos, 24.
(21:29) – “Vai Ficar Tudo Bem!”, era a mensagem reafirmada no comunicado do Presidente Salvador Malheiro que aqui se transcreve nesta cronologia.
“Vivemos um tempo excecional, que se reveste de características, que não serão revertidas de imediato, nem no imediato.
Este corona vírus instalou-se, muito rapidamente, na nossa sociedade e, pelo menos, até surgir uma vacina, teremos de conviver, com ele.
O Gabinete de Crise do Município de Ovar, cedo se apercebeu da urgência da situação, bem como do trabalho, que tinha pela sua frente.
Foi necessário planear e agir, ao mesmo tempo, sendo isso, o que aconteceu.
Por um lado, havia que intervir, perante o estado precoce da pandemia, que Ovar apresentava: números elevadíssimos, de casos quando, noutros municípios, ainda nem se conheciam casos.
Avançou-se para a cerca sanitária.
Na sua primeira fase, defendemos os vizinhos e circunscrevemos, a “nossa” pandemia, permitindo perceber melhor, como estávamos.
E não estávamos nada bem.
Na segunda fase, da cerca, começámos a perceber os resultados da primeira fase e conseguimos proteger-nos, a nós.
E os números, atestam a pertinência e a importância da cerca sanitária.
Temos uma taxa, de crescimento de infetados e de óbitos, de longe inferior ao resto do país.
Basta perceber como estaríamos, se tivéssemos taxas de crescimento idênticas às nacionais: teríamos, no mínimo, dez vezes mais infetados e óbitos.
Teria sido uma catástrofe.
Não obstante, a cerca permitiu trabalhar-se, em dois eixos absolutamente decisivos, para a resiliência da nossa comunidade:
1º – Adaptar e reforçar, o nosso sistema de saúde municipal, reforçando o Hospital de Ovar, criando o Hospital Anjo d’Ovar, criando centros de isolamento, como a Pousada da Juventude e tendo outros equipamentos, pelo município, prontos a ser usados, naquilo que seja necessário.
Temos agora uma “máquina de saúde” municipal, que não tínhamos há um mês atrás.
Será agora, muito mais difícil, colapsar em Ovar.
2º Iniciar a atividade do nosso tecido industrial, de forma faseada e com segurança.
Depois de um esforço enorme, dos nossos empresários, estamos agora prontos, para ir levantando restrições enquanto, os outros, vivem na indefinição.
3º Programar o levantamento da própria cerca, percebendo que, a guerra, está longe de ser ganha, o que implica implementar uma “convivência” com o vírus, assente no efeito pedagógico da cerca, no esforço exemplar que a população tem feito, e necessitará de continuar a fazer, de forma a criarmos uma “nova normalidade”, que vá atenuando o desgaste de saúde, social e económico que esta pandemia tenta agravar.
Tive hoje a oportunidade de participar, numa reunião, ao mais alto nível, no INFARMED, com cientistas e peritos Covid-19 e os principais governantes do país.
Não tenho muitas dúvidas, que o estado de Calamidade em Ovar, será levantado, passando ao Estado de Emergência Nacional que vigora e vigorará, no resto do País, retirando-se por consequência a cerca sanitária a partir do dia 17 de Abril.
Será bom, para a nossa economia local, e sobretudo para a saúde mental, de todos os nossos munícipes.
E essa decisão de levantar o cerco resulta dos seguintes fatores:
- i) o otimismo prudente, reinante nos nossos governantes, e na classe científica relativamente ao panorama nacional.
- ii) o facto do estado de calamidade, decretado em Ovar, designadamente a cerca sanitária ter resultado, fruto de uma enorme capacidade de operacionalização e concretização.
iii) os bons resultados, obtidos em matéria de saúde pública em Ovar, nas últimas semanas.
- iv) o sinal que se pretende, dar já, à economia.
- v) o facto de existir uma verdadeira máquina municipal de saúde, instalada em Ovar, capaz de fazer face a eventuais percalços.
- vi) e também ao meu contributo/opinião pessoal.
Temos que continuar a ser eficazes a Salvar Vidas e eficientes, no relançamento da Economia.
Temos que evitar todos os possíveis “reacendimentos”.
Temos que, tudo fazer para que o esforço do povo vareiro e dos seus empresários, não seja levado por água abaixo”. Temos todos que nos comportar, no futuro, como infetados ou potenciais infetados, cumprindo escrupulosamente as regras e promovendo o isolamento social.
Temos sido um exemplo para o País. E queremos continuar a ser.
Apelo à consciência, de cada um. O nosso sucesso depende do comportamento, de cada um de nós. Há que ter a noção que, as coisas, não surgem por acaso.
Sempre apostámos num planeamento rigoroso, apesar da forte pressão quotidiana.
Eu vou continuar 24/24h nesta Batalha, que é o grande desafio, da minha Vida.
Cada vez tenho mais a certeza que Vamos Vencer. Vai Ficar Tudo Bem!”
Dia 16 (09:29) – “As nossas Pessoas, sobretudo as mais vulneráveis, são e serão, Sempre, uma prioridade, da nossa ação. Excelente trabalho, Ana Cunha!”, assim se referia o Presidente à sua Vereadora que anunciou “as respostas de índole social.”
(11:36) – “Nota, do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, sobre o pagamento de retribuições, no nosso município.”, na qual se esclarece que, “o pagamento aos trabalhadores do concelho de Ovar, abrangido pela fixação de cerca sanitária municipal desde 17 de março, se fará nos termos do apoio excecional para isolamento profilático, que corresponde a 100% da remuneração” e concluía, “é este o valor que os trabalhadores impedidos de aceder ao posto de trabalho (seja ele em Ovar ou fora) estão a receber desde a fixação da cerca sanitária (…).”
(18:07) – “Ponto de situação, no Município de Ovar, hoje (…): Recuperados, 60; Infetados confirmados, 595; Óbitos, 25.”
(21:02) – “Temos, que nos habituar a conviver, no nosso quotidiano, com o vírus. O sucesso, depende agora muito, do nosso comportamento. É a consciência, de cada um de nós, que vai decidir. Apelo à colaboração, de todos. Só assim, podemos Vencer!”
(22:20) – “O nosso Comandante! A minha vénia à Força Aérea Portuguesa. À nossa Base de Maceda (Aeródromo de Manobra N.1). O Coronel José Nogueira tem prestado um serviço louvável, a toda a Comunidade Vareira, neste período crítico. Obrigado Comandante! Em nome, do povo de Ovar.” A mensagem do Comandante militar que integra o Gabinete de Crise, afirma que a “situação era grave” e “continua grave”.
(23:00) – “Um reconhecimento público, à Cruz Vermelha Portuguesa e especialmente á Cruz Vermelha Delegação Ovar. Estão connosco, desde o primeiro momento. Em nome, do Povo de Ovar, obrigado.”
(23:21) – “O Diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública, presenteou-nos hoje, com uma visita, aos nossos Paços do Concelho, que funciona atualmente, como quartel-general do nosso Gabinete de Crise. O Superintendente-chefe Magina da Silva é uma força da natureza… tal como os seus homens, que têm sido impressionantes, na entrega à nossa causa. Obrigado à PSP (Polícia de Segurança Pública).”
Dia 17 (12:03) – “Ainda não conhecemos a decisão final, nem o conteúdo do despacho/resolução do Conselho de Ministros. Mas tudo indica, que passaremos do estado de calamidade, para o estado de emergência nacional, com levantamento da nossa cerca sanitária. Por outro lado, tudo aponta para bom tempo, no fim de semana, sobretudo no domingo. Mas fica já o aviso: os passeios e romarias habituais às nossas Praias do Furadouro, Esmoriz e Cortegaça não serão permitidos. Já articulámos, com a GNR e com a PSP. Vamos ter muitos agentes nas nossas ruas. E, se for necessário, cortaremos os acessos às ruas, marginais e passadiços.” E conclui, “Não Vamos Morrer na Praia”.
(17:04) – “Temos que saber conviver, com a Covid-19. Por nós. Pelos nossos. Pelos outros.”
(17:31) – Ponto de situação, no Município de Ovar, hoje (…): Recuperados, 73; Infetados confirmados, 604; Óbitos, 25.”
(20:18) – “Recebemos hoje, na Câmara Municipal, o Senhor Comandante Geral da GNR. A presença, do Tenente-General Botelho Miguel, autoridade máxima da GNR – Guarda Nacional Republicana, entre nós, revela um enorme sinal de confiança e deferência, para com o nosso povo. Permitiu-nos, também, agradecer o extraordinário desempenho e espírito de missão, dos seus homens, durante este período crítico, que todos vivemos. Em nome, de todo o Povo Vareiro, Obrigado GNR!”
(21:13) – “A partir de amanhã, às 00:00 (dentro de aproximadamente 3 horas), será levantado o estado de calamidade no Município de Ovar.
Vamos passar, ao estado de emergência nacional.
Em termos práticos, a cerca sanitária física, será retirada e os comboios já irão parar, nas nossas estações e apeadeiros.
Contudo, esse novo decreto do estado de emergência nacional, impõe, limitações especiais, para o nosso concelho:
- Está interditada a circulação de pessoas na via pública, a não ser para questões imprescindíveis: supermercados, farmácias, correios, bancos, trabalho, justiça, posto médico e assistência a idosos.
As deslocações, para lazer e turismo, estão completamente interditadas.
- As empresas e estabelecimentos, autorizados a funcionar, no âmbito do estado de emergência nacional, terão regras de funcionamento bem mais “apertadas”:
– todos têm que usar máscara;
– as pessoas com mais 60 anos estão limitadas ao seu trabalho;
– todos têm que trabalhar, com uma distância mínima de 3 metros;
– os espaços de convívio, só podem ser usados, em 1/3 da sua capacidade.”
(21:59) – Presidente da Câmara Municipal de Ovar fez declaração sobre o Levantamento da Cerca Sanitária em Ovar.
(22:02) – “A publicação do decreto em Diário da República. Prestem todos atenção ao artigo 6.” Artigo que mantem medidas excecionais na área geográfica do concelho de Ovar, em que é “interditada a circulação e permanência de pessoas na via pública, incluindo as deslocações com origem e destino no referido concelho, exceto as necessárias e urgentes dia (…).
Dia 18 (01:06) – “A nossa equipa, hoje, no terreno, na abertura do cerco sanitário, no nosso município. Vamos ser responsáveis. Com Esperança, em Segurança e para Proteção de Todos! Juntos Vamos Vencer!”
(14:13) – “Iniciámos, hoje, uma nova etapa. O cerco sanitário foi, efetivamente levantado. Agora, a diferença, está claramente, no comportamento, individual, de cada um. Temos que cumprir, com as regras e saber conviver, com a Covid-19, que não nos vai deixar, tão cedo. Neste momento, de transição, foi gratificante ouvir, as palavras de estímulo, do nosso Ministro da Administração Interna, que fez questão, de visitar Ovar. Colocando, o supremo interesse nacional, como prioridade máxima da nossa ação, vamos continuar.”
(17:08) – “A responsabilidade continua a estar do nosso lado. E não vamos falhar. Por nós. Pelos nossos. Pelos outros. Vamos continuar a ser o exemplo de que Portugal precisa.”
(20:29) – “Ponto de situação, hoje (…): 73 recuperados; 609 infetados; 29 óbitos. (Nota: dos 29 óbitos, 28 foram infetados durante o mês de Março).”
Dia 19 (14:25) – “Sinceramente, gostei muito, do que vi hoje. Apesar do bom tempo, praticamente não está ninguém nas nossas ruas. É isso mesmo! Imenso orgulho do Povo Vareiro. Vamos ser o Exemplo, para Portugal.”
(16:53) – Somos um Povo Extraordinário! Somos Vareiros! Vamos Continuar. A ser o exemplo, que Portugal precisa! Fiquem em Casa, Por Favor!”
(19:21) – “Ponto de situação, hoje (…): 79 recuperados; 628 infetados; 30 óbitos.”
Dia 20 (13:05) “Um enorme reconhecimento público aos inúmeros voluntários, que estão a ajudar, no nosso município.”
(13:35) – “A Câmara Municipal de Ovar, não contratou nenhum artista/cantor Italiano. Esteve mal, muito mal, o Correio da Manhã. O jornal tem que repor a verdade de imediato, sob pena de instauração de processo judicial.” Resposta do Presidente ao referido jornal, que escreveu, “levantado o cerco sanitário a Ovar, está na altura de Salvador Malheiro investigar quem foi o cantor italiano contratado para atuar no Carnaval que terá iniciado a primeira linha de contaminação.”
(15:06) – “Primeiro recuperado, na nossa Pousada da Juventude. A Rosa fez dois testes, nos últimos dias. Ambos, com resultado Negativo! Hoje teve alta.”
(18:40) – “O nosso Anjo D’Ovar, conta já com 10 doentes, estando prevista a entrada, de mais utentes, nas próximas horas. O processo de admissão, de novos doentes, é feito sempre a partir dos canais de saúde, (cuidados primários e cuidados hospitalares). A nossa Dra. Júlia, diretora clínica do Anjo D’Ovar, merece um reconhecimento público, do tamanho do mundo, no dia em que completa, o seu Aniversário.”
(19:45) – “Ponto de situação, hoje (…): 103 recuperados; 628 infetados; 31 óbitos.”
(22:12 ) – “Temos que fazer o que os médicos nos ensinaram… Juntos… Estamos a Vencer!”
Dia 21 (18:26) – “Ponto de situação, hoje (…): 630 infetados; 135 recuperados; 463 casos ativos; 32 óbitos.”
(19:47) – “A evidência, que as medidas musculadas, aplicadas no nosso município, funcionaram. Agora, não podemos morrer na Praia. Temos, todos, que nos comportar como infetados. Protejam-se. E protejam os outros. Máximo isolamento social. Usem Sempre Máscara.”
Dia 22 (10:02) – “Obrigado, a todos os enfermeiros e restantes profissionais de saúde que, todos os dias, dão o seu melhor! Médicos, técnicos de radiologia, assistentes técnicos e operacionais, voluntários. Todos os que, corajosamente, travam esta batalha, contra a Covid-19 e cuidam de quem precisa. Em Ovar, em Portugal e pelo mundo.”
(12:20) – “Aviso à População. C.M. Ovar retoma atividade de forma condicionada e gradual a partir desta quarta-feira. Os serviços da Câmara Municipal de Ovar vão retomar a sua atividade, de forma condicionada e gradual, a partir desta quarta-feira, dia 22 de abril. (…)”
(16:10) – “O nosso Município na imprensa italiana…e por bons motivos!”
(16:53) – “No terreno. Em ações de sensibilização, junto das Pessoas. Distribuindo gratuitamente, máscaras sociais, reutilizáveis e laváveis.”
(17:54) – “Ponto de situação, hoje (…): 631 infetados; 143 recuperados; 454 casos ativos; 34 óbitos.”
Dia 23 (7h…) – “No terreno. A acompanhar a GNR – Guarda Nacional Republicana. Em ações de sensibilização. Distribuindo máscaras, em locais específicos de enorme vulnerabilidade social. Hoje, em São Vicente Pereira e em Válega.”
(19:11) – “Ponto de situação, hoje (…): 632 infetados; 145 recuperados; 453 casos ativos; 34 óbitos.”
(21:59) – “Muitos Parabéns aos órgãos sociais, colaboradores, utentes e restantes equipas, dos Lares do Centro Social e Paroquial de Maceda e do Centro Social Cortegacense, pela organização, iniciativa e sentido de antecipação. A “tal” sorte que dá…. muito trabalho!” afirmou o Autarca que deixou de se referir na sua página ao Lar da Santa Casa da Misericórdia de Ovar, cujo aumento de mortes de idosos, continuou a ser noticia e motivo de polémica, deixando natural inquietação nos utentes e familiares.
Dia 24 – “Tal como afirmou o nosso Presidente da República, o 25 de Abril deve ser comemorado, pois a democracia não está suspensa. E assim será no nosso Município. Dadas as circunstâncias, será comemorado de forma diferente. À distância. Sem a sessão solene presencial, mas com intervenções, de todos os partidos, por vídeo. E com muitos, muitos, muitos cravos…”
Chegados à véspera do 25 de Abril, os autarcas continuaram em ações de sensibilização junto de estratos da população mais vulnerável, para melhor proteção do coronavírus, distribuindo máscaras. Num dia em que os números fornecidos pelas autoridades locais, dão como infetados 655, ativos 423, casos fechados 232, recuperados 197 e óbitos 35.
Fotos: Facebook/Salvador Malheiro
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