A Escola Superior de Biotecnologia da Católica no Porto, em colaboração com a Associação de Antigos Alunos, promove, em novembro, a 10.ª edição do Ciclo de Conferências em Biotecnologia.
As sessões – agendadas para 4, 12 e 18 de novembro – irão questionar se o modelo atual da cadeia alimentar tem futuro, quem ganhará a corrida entre veículos elétricos e a hidrogénio e o que poderá estar associado às vacinas rápidas contra a Covid-19, respetivamente.
A edição deste ano decorrerá totalmente em português e em formato online, via Zoom. A participação nas conferências é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia.
Refira-se que os palestrantes são líderes internacionais nas suas áreas de especialidade, oferecendo uma oportunidade especial de enriquecer a cultura e informar a opinião de todos os interessados, mesmo os que não possuam preparação técnica na área.
Debates abrangem temas centrais da evolução social
A primeira conferência deste ciclo – agendada já para 4 de novembro, às 17h30 – conta com os contributos de Lilia Ahrne, professora catedrática em tecnologia de laticínios da Universidade de Copenhaga, e Mónica Reis, gestora de projetos da Tetra Pak em Itália. As oradoras irão refletir sobre a necessidade urgente de transformar a cadeia alimentar num processo mais compatível com o ambiente e a nossa própria sobrevivência enquanto sociedade.
Já a segunda sessão – que será conduzida por Nuno Quental, gestor de Políticas Energéticas da DG Investigação e Inovação da Comissão Europeia – irá explorar a necessidade de reduzir o consumo de combustíveis fósseis. Irão ser abordados, como exemplo, tanto os veículos elétricos como os veículos a hidrogénio, enquanto estratégias diferenciadas para atingir este objetivo.
A última conferência deste ciclo conta com a participação de João Pedro Pereira, professor de imunobiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale, nos EUA, que irá analisar a probabilidade de sucesso de uma vacina rápida para a Covid-19, os cenários possíveis, as respostas alternativas e as suas possíveis consequências.
ESCOLA DAS ARTES ARRANCA 2020/2021 COM “PATHOSFORMEL”, DE VASCO ARAÚJO
A Escola das Artes (EA) da Católica no Porto prepara-se para receber a primeira exposição do novo ano letivo. Pathosformel, trabalho inédito de Vasco Araújo, é uma exposição/filme/vídeo que tem como premissa a desconstrução e reconstrução de códigos comportamentais que refletem sobre a relação do sujeito com o mundo exterior a ele.
A exposição será aberta ao público e, poderá ser visitada de terça a sexta-feira, das 14h00 às 19h00, sem marcação prévia, ficando patente até 29 de janeiro de 2021.
Amplamente alicerçado na Literatura, na Filosofia, nos Estudos Clássicos, na Ópera, na Etiqueta Palaciana e na Mitologia Greco-Romana, Vasco Araújo pretende expor, criticamente, temas como o olhar do outro, a ambiguidade potencial das relações interpessoais, a fragilidade dos sistemas tomados por garantidos, a tragédia versus melodrama, a construção de uma ideia de real, as relações entre identidade e sexualidade, a virtude e a moral do dever, a geografia dos afetos e as pulsões do desejo e da paixão.
Pathosformel resulta de uma residência artística de Vasco Araújo na Escola das Artes durante o ano letivo de 2019/2020. Com curadoria de Nuno Crespo, diretor da EA, esta exposição teve o apoio do Criatório da Câmara Municipal do Porto e da Direção-Geral das Artes.
ESTUDANTES DA “CATÓLICA” CRIAM PROJETO “NETFLIX DO DIREITO”
A “Netflix do Direito” está quase a chegar ao mercado. A plataforma digital, criada por três estudantes da Universidade Católica no Porto, permitirá a consulta de vídeo-aulas, casos práticos e seminários para que estudantes e juristas possam manter-se atualizados relativamente a alterações neste ramo. Pensada para dar resposta às exigências criadas pela pandemia, em que o estudo passou a ser feito à distância, a plataforma – que ficará online no primeiro trimestre de 2021 e que terá uma subscrição mensal – vem criar um suporte de estudo na área jurídica ao disponibilizar conteúdos de várias unidades curriculares da licenciatura.
Um dos grandes propósitos e fatores diferenciadores deste projeto empreendedor é colocar os estudantes no papel de docentes. A este nível, refira-se que alguns dos melhores alunos de mestrado da Católica no Porto serão responsáveis pela criação das vídeo-aulas. Acrescente-se, ainda, que a iniciativa, que obteve uma classificação de 17 valores (numa escala de 20) e que conquistou nota máxima nos requisitos “grau de inovação da ideia” e “resposta às necessidades do mercado”, será financiada pela Bolsa Startup Voucher.
Luciano Rezende, estudante da Escola do Porto da Faculdade de Direito da Universidade Católica, é um dos mentores do projeto, que conta, também, com a participação de Henrique Varino da Silva (estudante finalista da licenciatura em Direito), responsável por garantir a qualidade dos conteúdos, e Ana Campos, estudante da Faculdade de Educação e Psicologia, que terá a seu cargo a certificação da qualidade didática do ensino.
Programa ADN do Jurista foi determinante na criação da plataforma
“A nossa plataforma será contruída como uma espécie de “Netflix” do Direito, onde iremos segmentar os temas de estudo pelos grandes ramos – Direito Privado, Direito Civil, Direitos Reais –, de forma a oferecer uma grelha de conteúdos abrangente e que possa ser útil a todos estudantes de Direito em Portugal, independentemente da Faculdade que frequentem”, menciona Luciano Rezende. Refira-se que o estudante, assim como Henrique Varino da Silva, frequentaram o programa ADN do Jurista, iniciativa que visa o desenvolvimento integral e transversal dos alunos e que lhes permitiu desenvolver um conjunto de competências que se revelaram essenciais neste projeto.
Luciano Rezende não tem dúvidas em afirmar que “o ADN do Jurista é o programa mais importante da Faculdade de Direito, uma vez que não visa apenas formar bons juristas, mas bons seres humanos, que irão chamar para si o protagonismo e a responsabilidade de enfrentarem os desafios das suas vidas, sendo futuros agentes transformadores na sociedade”. E conclui: “Este projeto não seria possível sem este programa, que teve um papel primordial na minha formação intelectual e humana”.
Também Henrique Varino da Silva destaca a importância do ADN do Jurista: “A interdisciplinariedade do programa ajudou a sensibilizar-me para a dimensão da comunicação”. “No ADN do Jurista ficou claro que não basta apenas ter uma grande bagagem teórico-jurídica se não somos capazes de adaptar o método e a mensagem, consoante o público a que visamos transmitir o nosso conhecimento”, conclui.
Texto e foto: Central de Informação / Etc e Tal jornal
01nov20