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CDS questiona ministra da Saúde sobre ambulâncias retidas nos estacionamentos dos hospitais

Numa pergunta dirigida à ministra da Saúde, a deputada do CDS Ana Rita Bessa questiona a tutela sobre o cada vez maior número de ambulâncias e outros meios de emergência retidos nos estacionamentos dos hospitais.

A deputada quer saber, nomeadamente, se a ministra da Saúde considera aceitável esta situação, e, sendo certo que é desumano deixar doentes urgentes horas dentro de ambulâncias a aguardar admissão hospitalar, que medidas vai tomar de imediato para assegurar que estas situações não se repetem.

Ana Rita Bessa questiona depois se a ministra tenciona dotar os serviços de urgência hospitalar de mais macas, para evitar que as macas dos meios de emergência fiquem retidas, e ainda, tendo em conta a situação pandémica de COVID-19 e a consequente necessidade absoluta de correta desinfeção dos meios de emergência após cada utilização, se não considera o Governo dotar, transitoriamente, os estacionamentos dos hospitais de uma zona de desinfeção de meios de emergência.

Têm vindo a público notícias a dar conta de que o número de ambulâncias e outros meios de emergência retidos nos estacionamentos dos hospitais tem vindo a aumentar de forma preocupante. Este problema, que já não é novo, agravou-se substancialmente em consequência da pandemia de COVID-19.

Alegadamente, os doentes urgentes têm de ficar, muitas vezes durante várias horas, dentro da ambulância a aguardar a admissão hospitalar. Mas, mesmo quando a admissão do doente no hospital até é rápida, os meios de emergência ficam, também, retidos a aguardar que lhes seja devolvida a maca que transportou o doente.

Estas situações serão mais recorrentes nos grandes hospitais de Lisboa, Porto ou Coimbra, mas também se verificam em Almada e em Santarém, a título de exemplo.

Segundo declarações do presidente da Liga Portuguesa de Bombeiros, “tem sido terrível. É uma situação desumana para quem fica horas em espera e uma utilização abusiva de um meio que está sempre a ser necessário”.

Efetivamente, o CDS-PP considera que estes constrangimentos têm de ser rapidamente resolvidos, uma vez que nem é aceitável que os doentes tenham de ficar dentro dos meios de emergência tanto tempo como, por outro lado, está a impedir-se que esse meio de emergência fique liberto para poder acorrer a outra situação em que seja necessário.

A este propósito, citamos declarações públicas de um elemento do INEM que reforçam a necessidade de se encontrar rapidamente uma solução, pois com o COVID-19 todos os meios de emergência têm de ser desinfetados após cada utilização e “não foi pensada a desinfeção nos hospitais e as ambulâncias regressam aos quartéis para limpeza. Se a viagem implicar 80 a 100 kms, como acontece, o meio fica horas inoperacional”.

Face ao exposto, e dado o agravar da situação, o Grupo Parlamentar CDS-PP considera ser imprescindível obter esclarecimentos da parte da Ministra da Saúde.

 

01jan21

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