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Docente da Católica é uma das cientistas mais citadas do mundo

Célia Manaia, investigadora do CBQF – Centro de Biotecnologia e Química Fina da Universidade Católica Portuguesa, é uma das cientistas mais citadas do mundo. A docente encontra-se entre os 12 portugueses que integram a lista elaborada pela empresa norte-americana Clarivate Analytics – “Highly Cited Researchers 2020” –, que, este ano, distinguiu mais de 6.100 investigadores, ou seja, cerca de 0.1 por cento de todos os cientistas do mundo, em 21 áreas de investigação.

Na lista da Clarivate – empresa especializada em gestão de informação científica – figuram apenas pouco mais de uma dezena de cientistas nacionais. Célia Manaia, que se tem dedicado à investigação desenvolvida em Portugal na área da microbiologia, concretamente no campo da resistência de bactérias aos antibióticos, representa a Universidade Católica Portuguesa neste ranking tão relevante a nível nacional e mundial.

Para Célia Manaia, “é muito gratificante integrar esta lista e assim contribuir para dar a conhecer a investigação nacional no panorama internacional”. “Um dos aspetos mais fascinantes de fazer investigação científica é poder trabalhar com e para colegas de todo o mundo que partilham os mesmos interesses e preocupações”, afirma.

E acrescenta: “ao longo das últimas décadas, a investigação científica feita em Portugal teve um desenvolvimento incrível, tendo adquirido uma robustez e impacto reconhecidos internacionalmente nas mais diversas áreas. Porém, hoje a exigência de financiamento e de permitir aos investigadores e às instituições planear as suas atividades a médio-longo prazo, bem como a necessidade de premiar o mérito, são muito maiores do que eram há 20 ou 30 anos. Não responder de modo integrado a todas estas exigências será deixar cair muito do que se conquistou em Portugal nos últimos anos.”

Estados Unidos da América, China, Reino Unido e Alemanha são os países mais representados no ranking deste ano. Acrescente-se, ainda, que a lista inclui 26 Prémios Nobel.

PROJETO “SEXISM FREE NIGHT” QUER COMBATER VIOLÊNCIA SEXUAL NA NOITE

Promover a tolerância e a inclusão em ambientes de diversão noturna, no sentido de combater o sexismo e outros tipos de discriminação nestes espaços. É este o grande objetivo do projeto “Sexism Free Night”, financiado pela União Europeia, no âmbito do Programa EU REC (Rights, Equality and Citizenship), e que conta com a participação da Universidade Católica Portuguesa, no Porto – a única universidade, a nível europeu, inserida no consórcio responsável por dinamizar esta iniciativa.

A primeira fase do projeto, que acaba de arrancar, fica marcada pelo lançamento de um questionário online, que tem como finalidade encontrar interceções entre sexismo e violência sexual e entre ambientes de lazer noturno e uso de drogas. O questionário encontra-se disponível em oito línguas (português, inglês, espanhol, francês, alemão, esloveno, língua letã e língua sérvia).

Os dados recolhidos nos vários países europeus envolvidos servirão, posteriormente, para identificar focos de intervenção específicos, no sentido de desnormalizar o sexismo e a violência de género neste tipo de espaços. A partir daí, serão desenhadas e implementadas, a nível europeu, atividades em campanhas que promovam a consciência para estas problemáticas. O objetivo passará por captar a atenção do público-alvo do estudo – artistas, profissionais do ócio-noturno e pessoas que saem à noite, em geral – para estas questões, sensibilizando-o para os mais diversos tipos de violência que acontecem neste universo.

Refira-se que a violência sexual em ambientes noturnos se assume como um risco específico e que afeta de forma desproporcional mulheres e pessoas LGBTQI+. As evidências sobre este tema são, ainda e infelizmente, escassas, o que atesta a necessidade de se apostar em ações de análise sobre estas questões.

Acrescente-se que este questionário inclui dinâmicas de lazer noturno que eram comuns antes da pandemia (festivais, bares, discotecas, espaço público e eventos em casas de amigos, entre outros). Integra, também, ações que surgiram em contexto pandémico, como festas ou encontros em casa ou ao ar livre com amigos, fins-de-semana com amigos e conhecidos em parques de campismo, casas de turismo rural ou, ainda, festas clandestinas onde predomina o consumo de álcool ou de outras substâncias e/ou música, dança, entre outros.

Além da Universidade Católica no Porto, representada neste projeto através da Faculdade de Educação e Psicologia, o consórcio é composto pela Associação Kosmicare (Portugal), Health and Community Foundation (Espanha), Clubcommission Berlin (Alemanha), Re Generation (Sérvia), Kanepes Culture Centre (Letónia) e NEWNET.

 

Texto e fotos: Central de Informação / Etc e Tal jornal

 

01jan21

 

 

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