O São João do Porto já se parece mais com o que era, mas ainda não é a secular festa popular que todos nós vivemos até há dois anos, ou seja, até à altura em que a pandemia deu cabo (temporário) de muita da tradição.
Os festejos por toda a cidade, com especial destaque para os da Avenida dos Aliados; o fogo-de-artifício à meia-noite, de 23 para 24 de junho, na ponte Luiz I., no rio e margens do Douro, foram alguns dos “cortes” que a Covid fez questão de impor.
Este ano, a coisa já melhorou, substancialmente, muito à custa da política de desconfinamento, e através também da campanha de vacinação anti-pandémica. Assim sendo, três pontos da cidade voltaram a ganhar vida no que concerne a comes-e-bebes e diversões: Fontainhas, Rotunda da Boavista e Jardim do Calém.
UMA TRISTEZA CHAMADA “FONTAINHAS”
Destes três pontos de referência, e sendo as Fontainhas, por tradição, o que há mais tempo centrou as atenções, pois, este ano, é uma verdadeira desilusão. Pouca oferta. Tudo muito “cinzento”. Extremamente confinado. Ou seja, um espaço que nada reflete a tradição e um local que não tinha mesmo razões para ser visitado, a não ser pelas (sempre boas) farturas da “Couto”. E nada mais. Nada! Foi uma tristeza.
Mas, fora as Fontainhas, os restaurantes, já podendo encerrar mais tarde e sem limitação de clientes, ainda que com regras profiláticas a cumprir, encheram-se, com a sardinha assada, na véspera, e o cabrito, no dia de S. João que o é também da cidade do Porto, a serem consumidos à “grande e à francesa” por tripeiros e forasteiros.
As farturas não deixaram também os seus créditos por bocas alheias e marcaram natural e obrigatória presença nos três locais de diversão e de muito trabalho (ainda bem) para quem as confecionou e vendeu. Agora, há-as para todos os gostos e feitios. Deliciosas modernices!
Os manjericos como os alhos-porros espalharam-se por bancas montadas em pontos estratégicos da cidade, assim como os martelinhos.
Os balões, às centenas deram mais vida e cor ao céu do Porto na “noite” e não “noitada” de S. João, assim como os foguetes artesanais, que se fizeram mais ouvir que ver, um pouco por toda a cidade.
Enfim, foi o São João que se pôde festejar, mas já bem próximo da tradição tripeira. Excetuando as Fontainhas! E a prova está nos registos dos nossos repórteres fotográficos, de também quem vos escreve, e de profissionais de imagem de outros órgãos de comunicação, que, à sua maneira, festejaram o santo rapioqueiro.
Iniciámos, então, este périplo sanjoanino, pelas…
FONTAINHAS
JG
(fotos)
ROTUNDA DA BOAVISTA
Carlos Amaro
(fotos)
JARDIM DO CALÉM
Roberto L. Fernando
(fotos)
AMBIÊNCIAS
Fotos de Artur Machado da Global Imagens
MANJERICOS E CASCATA
Os 900 manjericos na Praça General Humberto Delgado e a Cascata Comunitária no Mercado Temporário do Bolhão
Fotos de Guilherme Costa Oliveira (Porto.)
01jul21