A Sociedade de Transportes Coletivos do Porto – STCP registou uma diminuição na procura em 2020 na ordem dos 35,8%, ou seja, foram transportados menos 27,5 milhões de passageiros em comparação com ano de 2019. Os dados foram revelados pela empresa, em comunicado, que aprovou em Assembleia Geral, no passado dia 30 de junho, as contas individuais e consolidadas relativas ao ano de 2020.
A empresa concluiu que, em 2020, a atividade foi fortemente afetada pela pandemia da Covid-19, embora a STCP se tenha mantido sempre ativa, com os trabalhadores das atividades operacionais na chamada “Linha da Frente”, tendo inclusive reforçado a sua oferta em alguns períodos do ano.
No entanto, com o confinamento, com a larga maioria das atividades económicas encerradas e a adoção da modalidade de teletrabalho, verificou-se uma diminuição no número de passageiros transportados nunca antes vista na história da STCP e, consequentemente, na receita de transporte.
Da análise financeira resulta que quanto à receita do serviço de transporte, a STCP sofreu uma diminuição de 17,3 milhões de euros (35,1%) comparativamente com o ano de 2019, em linha de conta com a quebra da procura. A agravar este resultado, acresce o facto de não ter ocorrido aumento nos preços dos títulos de transporte no ano passado.
A empresa de transporte encerrou o ano com um resultado líquido negativo em 12 milhões de euros, registando um agravamento de 8,9 milhões de euros face ao ano de 2019.
Quanto aos investimentos efetuados, a destacar que o total de investimentos em 2020 totalizou 17,9 milhões de euros. Ficou concluída a primeira fase do programa de renovação da frota de autocarros, iniciado em 2018, com a receção das últimas 79 viaturas a gás natural, de um total de 188 novos autocarros, dos quais 15 elétricos e 173 a gás natural, e que foi responsável por 95% do total do investimento realizado.
Desde o início da pandemia que a empresa adotou e implementou medidas para conter a propagação do surto de Covid-19, cumprindo a legislação em vigor e as indicações da Direção Geral da Saúde, e tendo como principal preocupação a segurança dos seus trabalhadores e clientes.
Texto e foto: Porto. /Etc e Tal jornal
01ago21