O Partido Popular Monárquico (PPM) tem já online o seu programa para a Câmara Municipal do Porto, o qual pode ser consultado em https://www.portodehonra.com/
O programa intitulado “Porto de Honra” propõe ressuscitar os valores que criaram e mantiveram a cidade nos piores momentos. Advém de um estudo prolongado sobre o Porto e está assente em duas bases mestras (a Urgência Social e a Economia Para o Desenvolvimento) e sete eixos (ação social, habitação, segurança, economia local, trânsito, cultura e ambiente).
SOBRE A EXCLUSÃO DO DEBATE NA SIC E NA TVI
Quero protestar veementemente pelos canais generalistas privados, SIC e TVI, selecionarem os candidatos que vão a debate na Câmara Municipal do Porto, onde sou candidato pelo PPM, um dos partidos fundadores da Democracia. Numa notícia do jornal Expresso, a SIC diz que opta por “cruzar a representação autárquica com a representação parlamentar, o que redunda em sete candidatos”. Vergonhoso, incoerente e antidemocrático. Já a TVI fala de “encontrar uma forma de estarem representadas as principais candidaturas”. Autocrático, censurador, arbitrário.
Evidentemente, querem fazer os portuenses de burros, impondo regras que não fazem sentido. Se a SIC quer ter o critério da “representação autárquica” terá cinco partidos e um movimento dito “independente” e na representação parlamentar terá seis partidos. Que relação existe entre eleições nacionais e locais? Como é que um grupo de cidadãos, que se arroga de estar à margem dos partidos, se encaixa na representação parlamentar? E quem é o diretor de informação da TVI para decidir quem são as “principais candidaturas”?
As pessoas costumam dizer que a nossa democracia é imperfeita, entre um encolher de ombros e o intervalo da novela ou do futebol. Nos últimos tempos, tenho chegado à conclusão que é mais do que isso: é viciosa, corrompida, desmoralizada, inerte. Por razões que são demasiado fúteis para eu compreender, a mesma população que sofre, paga impostos pornográficos e é espezinhada, só considera credível e sérios os políticos que aparecem na imprensa mainstream e nos jornais de hoje – que são pouco mais do que peças de opinião sob o escudo ditatorial do “critério editorial”. Quem não aparece nessa comunicação social não existe, não faz parte da democracia, são “gente que só quer é tacho” e “devia mas é ir trabalhar”.
Pois bem, neste caso falo por mim. Sou candidato à Câmara do Porto, tenho um programa sólido e coerente, não quero “tacho”, nunca vivi uma vida confortável, trabalho como um burro de carga e assim continuarei a fazer depois de Setembro, não me candidatei a Presidente da Câmara para ter poder, mas por dever de cidadania, numa altura desesperante em que a cidade está em escombros. Leio e vejo as entrevistas aos candidatos que vão a debate: as suas ideias e propostas de programa parecem vir de umas eleições para a associação de estudantes do ensino secundário. Pesquiso o programa de outros anos e a pobreza é estupidificante: traduz, não só a sua própria incompetência, mas também que os partidos já nem se preocupam em elaborar programas. Sabem que para ganhar votos e eleições, basta um ou dois chavões repetidos num jornal de maior audiência.
Se chegamos a este ponto, ao nível das democracias dos países subdesenvolvidos, os culpados são fáceis de apontar: o Estado, a quem interessa que o poder seja repartido pelos mesmos, que não legisla nem supervisiona eficazmente sobre se a permissiva lei atual é cumprida; os partidos grandes, que querem manter o status quo, e os pequenos, que estão à espera que caiam migalhas da mesa do banquete; a comunicação social amante do circo político, regida por interesses a quem não interessa que um programa moderno e revolucionário seja lido ou ouvido; os órgãos de supervisão das eleições, que não assumem o seu dever de garantir a imparcialidade da comunicação social.
Não interessa ao poder estabelecido que as pessoas pensem, reflitam, sejam educadas para ler um texto “grande” como este que agora escrevo e tenham um pensamento crítico racional. Interessa ao poder que as pessoas obedeçam, sejam gado de abate e que os nossos impostos e os grandes grupos económicos continuem a financiar o seu festim. No final, a grande maioria de nós, o povo fica calado e vota por emoção ou clubismo. E tudo fica na mesma.
Pois bem, hoje não fica tudo na mesma. Foi do Porto que partiram os Cruzados que ajudaram o Rei Dom Afonso Henriques a conquistar Lisboa aos Mouros. Foi no Porto, em 1958, que o General Humberto Delgado sentiu o que é um povo “Sem Medo”. Os portuenses sempre foram honrados e reivindicativos, justos e liberais, empreendedores e corajosos. Desta terra, há demasiado tempo esquecida e menosprezada, lançamos o nossos grito de revolta contra esta prepotência sulista e elitista. O Porto merece respeito. O PPM merece respeito. Exigimos justiça!
Diogo Araújo Dantas
Candidato à Presidência da Câmara do Porto
Todo este material de campanha eleitoral do PPM foi recebido na Redação do “Etc e Tal”
Texto e fotos: PPM / Etc e Tal jornal
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