“Pandemic / I Don’t Know Karate, but I Know Ka-Razor!” é a mais recente proposta expositiva de Filipe Marques, em resposta ao convite feito pela Galeria Municipal do Porto, ainda em 2019.
Tendo como base uma reflexão sobre conceitos víricos e as suas repercussões no mundo e na natureza, o projeto expositivo que agora se apresenta, tem tanto de atual como de histórico. “Pandemic” constata precisamente essa batalha interior, connosco, e de nós com o mundo.
E é essa complexidade poética, disposta em múltiplas camadas, que definem a obra de Filipe Marques. Da palavra à imagem, da natureza à máquina. O mundano e o imaterial fundem-se numa temporalidade muita própria, – assumidamente extemporânea, tão desconfortável quanto necessária.
Nas palavras dos curadores, Isabeli Santiago e Juan Luis Toboso, a exposição “desafia-nos a viver num contínuo estado de incerteza porque talvez seja das tarefas mais complexas que atravessam a natureza humana e, ironicamente, aquilo que — tal como a contradição – poderá definir a nossa condição como espécie.”
“OS NOVOS BABILÓNIOS: ATRAVESSAR A FRONTEIRA”, DE PEDRO G. ROMERO TAMBÉM NA GALERIA MUNICIPAL

Também no dia em que foi inaugurada a exposição “Pandemic”, 18 de setembro, abriu portas ao público a mostra intitulada “Os novos babilónios: Atravessar a fronteira”, de Pedro G. Romero. Uma exposição em grande escala que parte do questionamento da nossa perceção sobre grupos nómadas, etnias ciganas, flamencos, exilados políticos e libertários.
As duas exposições terão entrada livre e poderão ser visitadas até 21 de novembro, seguindo o horário normal da GMP, das 10 às 18 horas.
Texto e foto de destaque: Porto. / Etc e Tal jornal
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