Responsável por toda a área de cibersegurança da maior plataforma de bolsas da Europa, o centro tecnológico da Euronext no Porto quer continuar no sentido ascendente do crescimento que tem protagonizado e, para isso, vai contratar “mais algumas dezenas de trabalhadores”.
A informação foi partilhada pela presidente da Euronext Lisboa, aquando da apresentação do plano estratégico do grupo até 2024, em Milão, e corroborada pelo diretor geral do grupo, Stéphane Boujnah.
“O local onde criámos mais postos de trabalho é no Porto. A principal contribuição de Portugal para a Euronext tem sido a qualidade do centro tecnológico, dos engenheiros portugueses. Isso fez uma verdadeira diferença. E é para continuar”, afirma Stéphane Boujnah, em entrevista ao “Negócios”.
O diretor do Euronext sublinha que “ano após ano aumentámos o número de pessoas no centro de operações e aumentámos a relevância estratégica e a autonomia das equipas do Porto”, estratégia que se quer manter.
De acordo com a presidente da Euronext Lisboa, o centro na Invicta está a “concentrar as infraestruturas do grupo, o hardware, tudo o que é conetividade. Somos responsáveis por todos os serviços informáticos e tecnológicos aos colaboradores, à volta de 2.200 pessoas”.
“O centro tecnológico no Porto continua a ser uma história de sucesso”, desde que se mudou de Belfast, em 2017, afirma Isabel Ucha citada pelo Expresso. “É um centro que tem vindo a ganhar competências, e mais colaboradores. Começámos com cerca de 70 pessoas em 2017, quando o centro abriu. Temos hoje em dia cerca de 180, e a nossa perspetiva é aumentar em 2022 mais algumas dezenas de trabalhadores”. Para isso, o edifício já está a ser alvo de obras.
Apesar de Portugal contribuir apenas para 2% das receitas do grupo, o país pesa cerca de 10% do número de colaboradores da Euronext. Só no Porto já trabalham quase tantas pessoas como no escritório de Paris.
Aberto para assegurar apenas operações que garantiam o funcionamento dos mercados e prestar apoio a clientes, o centro tecnológico do Porto foi ganho relevância no contexto do grupo. “Foi reforçado com a equipa de cibersegurança.
A seguir foi criada a equipa de infraestruturas. E estamos agora a fazer o primeiro nível de assistência, no fundo a gestão da operação, das empresas de liquidação e custódia do grupo Euronext” explica Isabel Ucha, acrescentando que “o Porto vai ficar com o primeiro nível de supervisão das operações. É uma área nova”.
Texto: Porto. / Etc e Tal jornal
Foto: Miguel Nogueira (Porto.)
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