José Gonçalves
Estamos em 2023! Desejo-vos o melhor ano possível, independentemente, da inflação e outras coisas do género relacionadas, direta ou indiretamente, com a Guerra na Ucrânia.
E num ano que se inicia com notícias nada abonatórias em relação ao nosso Governo – um total onze demissões em menos de um ano de ‘atividade, é, sem dúvida, uma realidade preocupante – por cá, vamos preparando os ‘festejos’ – que o mau tempo, por certo, não cancelará -, relativos ao 13.º ano de vida deste nosso jornal. Estaremos de parabéns no próximo dia 21 de janeiro.
Não querendo ser repetitivo – no ano passado, não o fui de certeza, devido ao facto de me encontrar hospitalizado e nada poder escrever (quatro meses de ‘molho’ e quase a partir desta para melhor) – volto, mesmo assim, a reafirmar que este projeto mantém-se vivo, ainda que, sobremaneira, condicionado – e repito! – ao meu, inconstante, estado de saúde (mazelas crónicas que, com o passar do tempo, tenderão, por certo, a agravar-se).
E se esse condicionalismo é uma realidade, outro há que se mantém há anos, pois não é fácil arranjar alguém voluntário que goste de jornalismo, e que se atreva a trabalhar na rua como repórter (‘caneta’). É na rua que se faz jornalismo; o jornalismo de produção própria. Esse papel tem sido assumido por mim, mas devido às referidas mazelas, não tem sido desenvolvido como o era, há uns aninhos.
Na nossa equipa há, felizmente, quem dê o exemplo dessa ‘coragem’ em fazer ‘jornalismo de rua’, ainda que circunscrito a Ovar, como é o caso do José Lopes, o mais antigo colaborador do ‘Etc. e Tal’, e que além de escrever ‘tira’ também excelentes fotos…
E por falar nisso, na rua têm vindo a trabalhar, ao longo destes 13 anos, os nossos repórteres fotográficos, com trabalhos de excelência, pelo que a eles quero endereçar o meu mais vivo aplauso pela qualidade dos seus registos. O já falecido António Amen, o Pedro N. Silva, o Pedro Abreu (de momento ausente), a Mariana Malheiro, o Carlos Amaro, o Vítor Lagarto (em Lisboa), o Francisco Teixeira e a Ursula Zangger são referências deste jornal.
O nosso jornal (pois também é seu, e sem si, como leitor, dificilmente, estaria aqui a escrever este Editorial, porque jamais o faria para o boneco), mantém a sua credibilidade, com um respeitoso coletivo de colunistas e correspondentes, aos quais, desde já, e publicamente, agradeço o seu empenho em prol do desenvolvimento do projeto que nos une. Saúdo, entretanto, as entradas para a equipa da jovem Luísa Camarinho, Virgílio Neves, de Ana Costa e de Miguel Albergaria.
Aos que saíram, durante estes 13 anos de vida, só espero que se encontrem bem. Alguns, mas só alguns, sabem que têm as portas abertas do ‘Etc.’ e no ‘Etc.’ podem reentrar quando quiserem. Mas – repito, e não querendo ser repetitivo – só alguns… algumas pessoas. Aqui, temos regras (há um Estatuto Editorial)! Aqui, as regras são para se cumprir! Aqui, não há lugar para aprendizes de caciquismo.
E se estava a falar da equipa que dá corpo a este jornal, aproveito a ocasião para também agradecer enaltecendo o valoroso e imprescindível trabalho efetuado, desde o primeiro dia e até hoje, pelo Hugo Sousa (gere a ‘coisa’ em termos informáticos e de publicidade), assim como ao Pedro N. Silva – ainda que, atualmente, afastado, diretamente, das lides -, soube há, praticamente, cinco anos, criar no ‘Etc. e Tal’ um grafismo muito próprio – sui generis – e, outrossim, meios de consulta de trabalhos, na altura inovador, e ainda hoje atual e exemplar.
A informação independente, séria, responsável, factual, e a liberdade responsável de expressão, fazem do ‘Etc. e Tal’ um jornal respeitado não só na cidade à qual dá destaque e onde se encontra sediado – o Porto -, mas também, por outras localidades do centro e norte de Portugal, bem como da Galiza, que, através dos seus gabinetes de comunicação, vão dando a conhecer importantes iniciativas, a maior parte delas ignorada pelos órgãos de comunicação social de ‘vocação’ nacional.
Neste contexto – e refiro-me aos gabinetes de comunicação – devo realçar o trabalho que o Portal de notícias ‘Porto.’ tem vindo a desenvolver, promovendo, numa estreita ‘colaboração’ com o nosso ‘Etc.’, uma cidade, e uma região, como é a do Porto, que tem vindo a crescer a olhos vistos – isto, ainda que persistam alguns e sérios problemas, designadamente, a nível social. Mas que a cidade cresceu, cresceu! Todos estamos de acordo, seja-se de direita, do centro, ou da esquerda!
Treze anos para um projeto jornalístico como é este (eletrónico e aberto, literalmente, ao mundo) não é brincadeira, e não é porque aqui há responsabilidade; há dedicação; há uma equipa; há liderança; há resiliência; há… jornalismo!
Em consequência disso, o número de leitores tem vindo a crescer, bem como o interesse de diversas instituições em dar a conhecer as suas realidades neste espaço aberto.
Estamos no caminho certo, ainda que tenhamos pela frente uma exigente mas salutar tarefa de dar a conhecer ainda mais este projeto, tendo, para o efeito, que se arranjar forma, de fazer uma campanha em prol do jornal, por forma, a que mais pessoas estejam a par deste projeto. Não é nada de transcendente, e, estou convicto, que, neste 2023, vamos dar um grande ‘salto’ nesse sentido, até para chegarmos à ‘data redonda’ dos quinze anos de vida, com maior projeção que a que temos agora… e que já não é má, muito pelo contrário.
Não me querendo alongar mais, até porque a realidade deste jornal vê-se lendo-o diariamente – temos novidades todos os dias, o ser mensal deve-se à atualização geral que se faz ao dia 01 -, só posso, de momento, prometer mais trabalho e trabalho de qualidade, esperando que a saúde me ajude a dar corpo, a materializar, todos os ‘sonhos’ que tenho relacionados com este nosso ‘Etc. e Tal’.
Bom ano.
Obrigado pela preferência.
01jan23