A onda de protestos, greves e manifestações dos profissionais da Educação, em que se destacam os professores, que vem percorrendo o país de norte a sul, em que se observa um surpreendente despertar da disponibilidade dos docentes, para uma luta com reivindicações com que há muito se debatem sem respostas da tutela, no que toca à precariedade, congelamento de carreiras, mobilidade por doença, contagem de todo o tempo de serviço ou a dignificação destes profissionais, bem como a defesa da escola pública, que também em Ovar responderam positivamente ao apelo da greve de professores por distrito, que agendou o dia 17 para Aveiro com concentração nesta cidade, reunindo debaixo de forte temporal (vento e chuva) para mais uma jornada de luta.
José Lopes
(texto e fotos)
Considerada uma das grandes mobilizações de professores no distrito de Aveiro, com uma extraordinária adesão à greve e às ações de protesto à porta das escolas. No concelho de Ovar, com três agrupamentos de escolas, Agrupamento de Escolas de Ovar Norte, Agrupamento de Escolas Ovar Sul e Agrupamento de Escolas de Ovar, as escolas dos vários ciclos de ensino básico e secundário encerraram, em várias delas com alguma participação dos não docentes, particularmente assistentes operacionais.
Como ponto de encontro para reunir os protestos dos profissionais da educação que foram aderindo à greve em Ovar, a portaria da escola secundária José Macedo Fragateiro, sede do AEO, foi dando origem a uma concentração de docentes munidos de cartazes com várias mensagens e reivindicações, com que se fizeram acompanhar dando inicio à sua adesão a partir da escola em que lecionam, como se assistiu na porta da escola sede e na EB (2.º Ciclo) António Dias Simões, as escolas do AEO com maior numero de alunos que foram determinantes na mobilização para a greve subscrita por sindicatos de professores e educadores, como, a FENPROF, ASPL, SEPLEU, SIPE, SINDEP, SPLIU ou a Pró-Ordem.
Estas greves por distrito, tal como as greves e tantas outras ações de protesto organizadas e convocadas pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP), que, desde o dia 9 de dezembro, despoletou greve por tempo indeterminado e acabou por ser aglutinador de uma certa irreverencia dinamizada nestas jornadas de luta na educação. Animaram e juntaram forças para decisivas em vésperas de negociações, ainda que as propostas do Governo ainda estejam longe, nomeadamente na redução da precariedade dos professores, de corresponder às reivindicações sindicais.
19jan23